Pré-candidaturas

Além de PT e PSB, outros partidos da esquerda pernambucana começam a se movimentar para as eleições de 2022

Entre essas siglas, destacam-se os últimos movimentos do Psol, que há cerca de uma semana anunciou a pré-candidatura de três filiados ao governo

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Renata Monteiro

Publicado em 04/11/2021 às 18:52 | Atualizado em 04/11/2021 às 18:55
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Para além dos nomes que vêm sendo cotados para a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas em 2022 na coligação do governador Paulo Câmara (PSB) e na centro-direita, outros partidos com tradição nas corridas eleitorais do Estado já começam a se mobilizar internamente para o pleito. Entre essas siglas, destacam-se os últimos movimentos do Psol, que há cerca de uma semana anunciou a pré-candidatura de três filiados ao governo: o ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago, o vereador do Recife Ivan Moraes e João Arnaldo, candidato a vice-prefeito do Recife na eleição de 2020 na chapa de Marília Arraes (PT).

“Recentemente o partido elaborou uma resolução política que aponta para a necessidade de apresentação de uma alternativa de esquerda ao Estado. Nesse sentido, o Psol, que é um partido que vem crescendo nacionalmente, resolveu se colocar à disposição para dialogar com a população pernambucana. Abrimos espaço para a construção de uma frente de esquerda e vamos disponibilizar nomes para fazer uma composição com outros partidos desse campo”, detalhou Tiago Paraíba, presidente da sigla.

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Na disputa eleitoral de 2018, que Paulo Câmara venceu no primeiro turno, a hoje vereadora do Recife Dani Portela foi às urnas pela agremiação e chegou à terceira colocação, ficando imediatamente atrás de Armando Monteiro, então filiado ao PTB. De acordo com Paraíba, o representante da legenda nas eleições de 2022 deve ser definido democraticamente até o fim deste ano.

“O processo de decisão do nome será feito de forma democrática, nós temos instâncias dentro do partido, como o diretório estadual, para avaliar a metodologia que vamos estabelecer para essa escolha. Mas nós ainda estamos na fase de debate interno, de construção do programa e do perfil, e até o final do ano vamos definir quem vai nos representar”, observou o dirigente partidário.

Na oposição ao PSB, pré-candidatos da centro-direita já estão há alguns meses rodando o Estado na preparação para o pleito do ano que vem. O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), por exemplo, desde o primeiro semestre visita municípios de várias regiões para tornar-se conhecido. Na última semana, Raquel Lyra (PSDB) e Anderson Ferreira (PL), prefeitos de Caruaru e Jaboatão dos Guararapes, respectivamente, lançaram o movimento Levanta Pernambuco, que tem por objetivo rodar todas as regiões pernambucanas até dezembro.

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Ao ser perguntado sobre qual seria a estratégia do Psol para se destacar diante da máquina do PSB e do engajamento da centro-direita, Tiago Paraíba afirmou que o programa do partido será o seu diferencial durante a campanha. “Mesmo com diferenças, os programas apresentados por ambos os grupos (PSB e centro-direita) são parecidos, tanto na perspectiva das reformas, que eles apoiam em nível nacional e local, quanto nas questões do desemprego, da crise hídrica, da violência, da fome, da educação, diversos temas em que o Psol, com a sua experiência, pode apresentar novas alternativas. Por mais que haja uma polarização do ponto de vista ideológico, a política econômica que esses grupos defendem é comum, e é nisso que o nosso partido pode se diferenciar”, explicou.

Outra sigla que sempre marca posição nas eleições pernambucanas é o PSTU. No último pleito a candidata da legenda foi Simone Fontana, que já informou que a agremiação não deve ficar de fora da corrida em 2022. Segundo ela, porém, no momento o grupo ainda não tem pré-candidatos.

“Por enquanto estamos discutindo um programa para o país, um programa revolucionário, socialista que seja uma alternativa a esses projetos de entrega do País ao setor privado e de ataque aos trabalhadores e a população pobre”, declarou, afirmando que a escolha do candidato deve ser feita apenas no ano que vem.

O PCO foi procurado para falar sobre o tema, mas a reportagem não conseguiu contato com o partido.

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