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Senado aprova feriado em homenagem a Irmã Dulce; projeto vai à Câmara

Projeto de lei do senador Angelo Coronel (PSD-BA) cria o feriado de Santa Dulce dos Pobres, a ser celebrado anualmente em 13 de março

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Amanda Azevedo

Publicado em 22/11/2021 às 21:16 | Atualizado em 23/11/2021 às 7:55
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Com informações da Agência Senado

A Comissão de Educação do Senado aprovou, no dia 18 de novembro, o projeto de lei do senador Angelo Coronel (PSD-BA) que cria o feriado de Santa Dulce dos Pobres, a ser celebrado anualmente em 13 de março (PL 4.028/2019). A Irmã Dulce, como é conhecida, foi canonizada em 2019, tornando-se a primeira santa brasileira da Igreja Católica. A proposta agora segue para análise na Câmara dos Deputados.

Treze de março é o dia da morte da religiosa, em 1992. Angelo Coronel chegou a sugerir que a data fosse 13 de outubro, dia da canonização em 2019 pelo papa Francisco. Mas o relator, senador Flávio Arns (Podemos-PR), manteve o feriado em 13 de março. Segundo ele, as tradições religiosas da Bahia já dedicam esse dia à lembrança de Irmã Dulce.

Maria Ritta Souza Brito Lopes Pontes, a Santa Dulce dos Pobres

Maria Ritta Souza Brito Lopes Pontes, mais conhecida como Irmã Dulce, nasceu em Salvador, na Bahia em 26 de maio de 1914. Desde sua adolescência, manifestou a vocação para trabalhar em benefício dos mais pobres. Aos 13 anos, ao visitar áreas carentes de Salvador na companhia de uma tia, manifestou o desejo de se dedicar à vida religiosa, transformando a casa da própria família em centro de atendimento, atendendo a mendigos e doentes.

Aos 18 anos, juntou-se à Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe, e aos 20 anos foi ordenada freira, quando passou a se chamar Irmã Dulce Lopes Pontes, em homenagem à sua mãe. Em 1959, a freira baiana fundou a Associação Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), que abrigaria tempos depois o Hospital Santo Antônio, referência na assistência à população carente no estado da Bahia. Atualmente, a instituição possui mais de mil leitos e atende diariamente a 4 mil pessoas. “Irmã Dulce era tão respeitada e amada que o papa João Paulo II, por ocasião de ambas as visitas feitas ao Brasil, fez questão de se encontrar com ela e de conhecer sua obra”, lembra Girão, na justificativa do projeto.

Irmã Dulce faleceu no dia 13 de março de 1992. Em 2009, o Vaticano reconheceu as "virtudes heroicas" da religiosa, autorizando oficialmente a concessão do título de Venerável, o reconhecimento de que Irmã Dulce viveu, em grau heroico, as virtudes cristãs da fé, esperança e caridade. Ao ser beatificada, em 2011, passou a ser reconhecida como Bem-Aventurada Dulce dos Pobres. Em 2019, a beata foi canonizada recebendo o título de Santa Dulce dos Pobres.

Irmã Dulce teve dois milagres reconhecidos pelo Vaticano. Em 2001, orações em seu nome teriam feito parar a hemorragia de uma mulher de Sergipe que padeceu por 18 horas após dar à luz o seu segundo filho. Em 2014, o maestro baiano José Maurício Moreira voltou a enxergar após 14 anos de cegueira.

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