ADESÃO

'Família, fé cristã e liberdade': Bolsonaro se filia ao PL nesta terça-feira (30), dia do Evangélico, sob discurso religioso

PL será o décimo partido da carreira de Bolsonaro desde que foi eleito vereador em 1988

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Marcelo Aprígio

Publicado em 29/11/2021 às 8:00 | Atualizado em 29/11/2021 às 8:12
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O presidente Jair Bolsonaro assina nesta terça-feira (30) sua ficha de filiação ao Partido Liberal (PL). O cacique da sigla, Valdemar da Costa Neto, condenado no escândalo do Mensalão, organiza um evento grandioso para dar boas-vindas ao mandatário, que está de olho na sua reeleição em 2022. O local escolhido para a filiação do presidente à legenda foi o auditório do Complexo Brasil 21, em Brasília.

Segundo correligionários do PL, o décimo partido da carreira de Bolsonaro desde que foi eleito vereador em 1988, a ideia original era organizar o evento num dia que remetesse ao número da legenda na urna (22). No entanto, como em dezembro a data em questão seria próxima ao Natal, período de recesso em Brasília, optou-se pelo Dia do Evangélico (30 de novembro), data que é feriado no Distrito Federal.

Bolsonaro assinará a ficha de adesão ao PL ao lado do filho, o senador Flávio Bolsonaro (que está de saída do Patriota-RJ). A mudança de legenda foi confirmada pela assessoria do parlamentar.

Os detalhes da cerimônia de recepção ao presidente e seu filho são mantidos em sigilo, mas membros do PL afirmam nos bastidores que a temática religiosa dará o tom do evento, que deve contar com a presença de lideranças protestantes, como pastores e bispos.

Um dos temas que têm pautado as declarações de Bolsonaro é a exaltação aos valores da "família", da "fé cristã" e da "liberdade" — que o partido pretende abordar durante a cerimônia desta terça.

Bolsonaro e evangélicos

Os evangélicos compõem um grupo político vital ao intento da reeleição na disputa presidencial em 2022. Neste ano, em aceno ao segmento e à sua base política, o presidente indicou a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) o ex-ministro da Justiça André Mendonça —a quem Bolsonaro chama de "terrivelmente evangélico".

Grupos de fiéis de igrejas de Brasília teriam sido convidados a participar do evento de filiação, segundo o portal UOL. O contato teria sido feito por meio de interlocutores da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que é evangélica e participa de movimentos sociais com pano de fundo religioso.

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