PANDEMIA

Alepe pode retomar trabalho remoto por causa da ômicron e da gripe

Legislativo havia retornado às reuniões presenciais em novembro do ano passado após mais de um ano afastado em função da covid-19

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 11/01/2022 às 14:43
BOBBY FABISAK/JC IMAGEM
LEGISLATIVO Deputados voltaram ao presencial em novembro de 2021 - FOTO: BOBBY FABISAK/JC IMAGEM
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Apenas dois meses depois de retomar o trabalho presencial, com exigência de vacinação para os deputados estaduais e servidores, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) estuda a possibilidade de voltar para o funcionamento remoto em função do recrudescimento das infecções por doenças respiratórias, principalmente pela gripe e pela variante ômicron da covid-19.

O movimento ocorre no momento em que o governador Paulo Câmara (PSB) endurece as restrições no Estado e admite que novas medidas ainda mais restritivas são possíveis para combater o aumento no número de casos.

No caso da Alepe, os deputados já acertaram que as comissões vão continuar funcionando de forma remota, como já era até o final do ano passado. O formato das reuniões do plenário será definido em uma reunião entre os líderes e a Mesa Diretora da Casa na última semana deste mês de janeiro.

"Nós estamos retornando dia 1º de fevereiro. Certamente as comissões já está decidido que permanecerão de forma remota. Sobre o plenário, não sabemos ainda. Dependemos do avanço da ômicron e das outras variantes, assim como a gripe, se iremos ter sessões presenciais ou remotas. Isso ainda está se analisando", afirmou o deputado estadual Isaltino Nascimento (PSB), líder do governo na Alepe, em entrevista à rádio CBN Recife.

"Em princípio, será presencial. Mas vai depender do andamento aí dos casos mais graves, que começaram a aumentar aí a questão da gripe e das variantes (da covid-19)", sinalizou o socialista.

Retorno em novembro

A Assembleia de Pernambuco voltou a realizar sessões presenciais pela primeira vez em 9 de novembro de 2021; depois de passar um ano e oito meses em trabalho remoto por causa da pandemia de covid-19. Na época, a Mesa Diretora consultou todos os 49 parlamentares antes de tomar uma decisão sobre o retorno. Ficou definido que o plenário funcionaria apenas em dois dias da semana, às terças e quartas, e não em três encontros, como era a regra antes do coronavírus.

Em novembro, o número de infecções causadas pelas doenças respiratórias estava em queda, ajudado pelo avanço da vacinação. Por causa de uma lei estadual aprovada na prória Casa, ficou definido que todos os deputados tinham que estar vacinados para voltar ao trabalho presencial.

Apesar disso, Alberto Feitosa (PSC) e Clarissa Tércio (PSC) não se vacinaram. Eles entregaram um atestado médico com justificativas para não tomarem os imunizantes que ficaram de ser analisados pelo corpo técnico da Casa.

No dia da primeira reunião presencial, vários deputados estavam no plenário sem máscara ou com a proteção sem cobrir o nariz e a boca em alguns momentos, mesmo quando não estavam na tribuna. Descumpriram a regra políticos de vários partidos, como Clarissa Tércio, Joel da Harpa (PP), Clóvis Paiva (PP), João Paulo Costa (Avante) e Adalto Santos (PSB).

Câmara do Recife

Na Câmara do Recife também há indefinição sobre o formato de trabalho após o recesso. Os vereadores não haviam retomado as sessões presenciais no final de 2021.

"A Comissão Executiva da Câmara Municipal do Recife está acompanhando todo o cenário atual e as recomendações do governo do Estado. Como o término do recesso parlamentar se dará no dia primeiro de fevereiro, o colegiado decidirá, mais a frente, de que forma se dará o retorno aos trabalhos dos vereadores na Casa", afirma a Casa, em nota enviada ao JC.

Por ora, todas as atividades administrativas da Câmara estão mantidas, com os servidores atuando em um sistema de rodízio entre presencial e home office, diz o órgão.

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