Palanque

PTB de Pernambuco quer ministro do Turismo, Gilson Machado, como candidato a governador

Presidente estadual do PTB, Coronel Meira afirma que seu partido é o único que pode dar 100% o palanque a Bolsonaro

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 04/02/2022 às 18:22
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O ministro do Turismo Gilson Machado, ao lado do presidente estadual do PTB, Coronel Meira, e do deputado estadual Alberto Feitosa (PSC) - FOTO: Divulgação
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Quando se fala na construção de um palanque para o presidente Jair Bolsonaro (PL), em Pernambuco, o nome que vem sendo defendido fortemente pelos bolsonaristas é o do ministro do Turismo, Gilson Machado Neto. Segundo o presidente estadual do PTB, Coronel Meira, há uma tendência de que ele saia candidato a governador, provavelmente pelo seu partido. “Nosso presidente Jair Messias Bolsonaro disse que está precisando ter palanques verdadeiros nos estados. E o maior representante do bolsonarismo, em Pernambuco, é Gilson Machado Neto e isso temos que reconhecer”, declarou o líder petebista.

Para Meira, o seu partido é o único que pode dar “100% o palanque a Bolsonaro". Ele explica que em Pernambuco, legendas como Republicanos, PP, PRTB, por exemplo, não conseguem viabilizar essa aliança aqui no Estado por estarem apoiando o PSB, e por consequência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mesmo sendo do Partido Liberal, ao qual Bolsonaro se filiou para disputar a reeleição, os bolsonaristas também não veem com bons olhos as articulações do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, junto à prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, que é do PSDB - partido do pré-candidato a presidente, e um dos principais opositores de Bolsonaro, o governador de São Paulo João Doria. Além de ter como missão o projeto de reeleição de Bolsonaro, o Coronel Meira pontua que é necessário tirar o PSB do poder.

“Ele (Gilson Machado) deve disputar a eleição de Pernambuco, está faltando definir qual o partido. Se o PL, realmente, o Anderson (Ferreira) vai recuar, que é isso que estamos tentando, ele deixa Raquel (Lyra), e vem para ser candidato a governador ou senador, e aí o nosso ministro vem e fazemos um acordo”, explicou o coronel, em entrevista nesta sexta-feira, ao programa Manhã da Clube.

A reportagem entrou em contato com o ministro do Turismo, questionando se ele iria comentar a possibilidade de sair candidato ao Governo do Estado, mas ele não retornou a tentativa de contato até a publicação desta matéria.

Na próxima semana, uma comissão formada pelo ministro do Trabalho e Previdência Onyx Lorenzoni (DEM); o ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP); o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ); o presidente do PL Valdemar da Costa Neto; o deputado estadual Marcos Vinícius (PTB-RJ) e um representante do Republicanos, vão se reunir para discutir a viabilidade de uma federação partidária.

Com o prazo para ser formalizada até o dia 1º de março, os partidos que estão fechados na base do governo federal e que podem federar são: PP, PL, Republicanos e PTB. “A federação tem um prazo e temos que 15 dias antes, mais ou menos, estar com isso ajustado. Tem partidos grandes que não seriam interessantes. Então seria interesse para nós fazer duas federações, com os partidos maiores juntos e os menores, por exemplo, os Republicanos com o PTB, e aí junta PL e PP. Está se estudando qual a melhor maneira para se ter mais musculatura eleitoral”, explicou o dirigente.

Palanque duplo

O presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte, havia explicado ao JC, que o partido não deverá mudar seu campo político em Pernambuco e que sempre esteve no palanque do PT e do PSB. 

O dirigente disse ainda que o partido possui liberdade para fazer suas próprias articulações e que não há impedimentos vindo do diretório nacional. "O partido que tem 11 deputados na Alepe, com perspectiva de eleger 15 deputados, possui 20 prefeitos e mais de 200 vereadores, não tem como não ter posições diferentes. Existe uma complexidade e tolerância maior. Não dá para achar que dentro do PP não há ideologias diferentes", afirmou da Fonte.

Já o Republicanos inicia a partir deste mês, um diálogo entre o diretório nacional e os diretórios locais sobre as eleições e, por consequência, como serão dadas as alianças. O partido é ligado ao dono da Igreja Universal do Reino de Deus, o bispo Edir Macedo, e tinha em seus quadros dois dos três filhos do presidente Jair Bolsonaro que possuem mandato eletivo. No ano passado, o senador Flávio Bolsonaro se desfiliou do partido e migrou para o PL. Enquanto isso, o vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, ainda permanece na legenda.

"Nós somos um partido democrático e que respeita as diferenças, mas todo nosso esforço e trabalho é para estarmos (em Pernambuco) majoritariamente apoiando o presidente Lula. Os 15 prefeitos republicanos já declararam apoio à Lula, depois da última reunião tivemos aqui", declarou o presidente estadual do partido, deputado federal Sílvio Costa Filho.

 

 

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