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'Se Pernambuco pagasse os R$ 100 milhões que deve à CBTU, até Paulo Câmara andaria de metrô', diz Anderson Ferreira

Fala do pré-candidato a governador é resposta a queixa do chefe do Executivo, que afirmou ser do governo Bolsonaro a responsabilidade pela situação atual do modal

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Renata Monteiro

Publicado em 19/05/2022 às 13:05 | Atualizado em 19/05/2022 às 15:04
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Atualizada às 15h03

Depois que o governador Paulo Câmara (PSB) cobrou do governo federal providências com relação à situação do Metrô do Recife, o pré-candidato a governador do PL em Pernambuco, Anderson Ferreira, afirmou que o chefe do Executivo estadual não tem "moral" para fazer cobranças ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Anderson, a queixa seria "mais um delírio" do socialista.

"Após oito anos de incompetência e descaso em relação ao sistema de transporte público de passageiros no Estado, um sistema falido e que colocou Pernambuco de joelhos perante um grupo de empresários, quem é Paulo Câmara para querer cobrar algo de alguém?", disparou o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, referindo-se à situação atual dos terminais integrados de passageiros e às condições de trabalho dos profissionais e dos ônibus que operam na Região Metropolitana.

Anderson fez questão de frisar, ainda, que a fala de Paulo surge no mesmo momento em que o Ministério da Infraestrutura liberou R$ 55 milhões para a recuperação da pista do aeroporto de Fernando de Noronha. "Para quem recebeu ajuda do Governo Federal e vacinas para enfrentar a pandemia, caberia, sim, agradecer", cravou.

Em resposta ao pré-candidato, o Palácio do Campo das Princesas afirmou, por nota, que "praticamente metade das estações do metrô estão no território de Jaboatão dos Guararapes e Anderson só descobriu que esse modal existe depois que renunciou ao cargo de prefeito". O Executivo estadual declarou, ainda, que o liberal "nunca tomou nenhuma atitude como gestor e nem como correligionário do presidente. Ambos fingem até hoje que o metrô pertence ao Governo do Estado para justificar o nada a apresentar".

Por fim, o texto argumenta que "já se passou um mês desde que Anderson resolveu falar de metrô" e que "ontem mesmo esteve em Brasília e voltou sem uma arruela para melhorar a vida dos usuários".

Projetos de lei

Em comunicado enviado à imprensa nesta quinta-feira (19), o pré-candidato também questionou o fato de Paulo Câmara não ter feito sequer uma manifestação a respeito dos projetos de lei que a bancada do PL na Assembleia Legislativa (Alepe) protocolaram há cerca de 15 dias. Os textos versam sobre questões econômicas que podem impactar diretamente na vida de milhares de pernambucanos.

"Estamos há 15 dias aguardando uma manifestação do governador sobre o absurdo na cobrança do IPVA, que penaliza mais de três milhões de pessoas; o fim da prorrogação do Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal, uma medida que tira a competitividade das empresas instaladas no estado; e a tarifa social da água, que deveria estar beneficiando mais de dois milhões de pernambucanos", pontuou Anderson, no texto.

"Paulo Câmara não tem que fazer cobranças a Bolsonaro, mas, sim, prestar esclarecimentos ao povo de Pernambuco. Se ele realmente tem interesse em pedir ajuda ao Governo Federal, que se levante da cadeira e assim o faça, com humildade e respeito, colocando os interesses do Estado à frente. Com um Estado tendo os piores índices no país na área de segurança pública, em relação ao crescimento econômico e geração de empregos, a pergunta é muito simples: qual é a moral que tem Paulo Câmara, Danilo Cabral e o PSB? Se o Governo do Estado pagasse a dívida de mais de R$ 100 milhões que tem junto à CBTU, garanto, até Paulo Câmara andaria de metrô", detalhou o postulante a governador.

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