O deputado federal Danilo Cabral (PSB), que é pré-candidato ao Governo de Pernambuco, rechaçou nesta quinta-feira (16) declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Nos últimos dias, em diversas oportunidades o presidente da República tentou ponderar a comoção em torno do caso, afirmando, por exemplo, que a viagem dos dois seria uma "aventura não recomendada".
"O Presidente da República estimula a barbárie contra ambientalistas, jornalistas e indígenas por meio de declarações grotescas e recorrentes. Na mais recente delas, Bolsonaro culpa as vítimas e se solidariza com os assassinos como se advogasse em nome deles. O lugar de fala de Bolsonaro não é o de um presidente, mas o de um criminoso", disparou Danilo, no Twitter.
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Na mesma sequência de mensagens, o pré-candidato declarou que o crime "reflete o tratamento irresponsável do Governo Bolsonaro com o meio ambiente" e mostra "um verdadeiro desmonte de todas as políticas e organismos que fazem a proteção da nossa Amazônia". Danilo também classificou as falas do presidente como "grotescas".
O assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips não pode ser mais um crime sem resolução.
— Danilo Cabral (@danilocabralpe) June 16, 2022
"Nós precisamos repudiar de forma veemente essa violência. Exigir das autoridades a apuração rigorosa e a responsabilização dos criminosos. Esperamos justiça para Bruno e Dom", completou o socialista.
Nesta quinta, porém, Bolsonaro voltou atrás e prestou solidariedade às famílias das vítimas. Também no Twitter, ele respondeu a uma nota da Funai pedindo que Deus "conforte o coração de todos".
Nossos sentimentos aos familiares e que Deus conforte o coração de todos!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 16, 2022
"Nossos sentimentos aos familiares e que Deus conforte o coração de todos!", escreveu o liberal, um dia após o suspeito de matar Dom e Bruno confessar o crime. Outras quatro pessoas também estão sendo investigadas pela Polícia Federal por suposto envolvimento no caso.
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