Eleições 2022

Com Antonio Lavareda, 'Corrida Eleitoral' chega à Rádio Jornal para analisar o cenário das eleições 2022

Cientista político vai debater temas ligados às Eleições 2022, tanto sobre o cenário de Pernambuco quanto do Brasil

JC
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Publicado em 01/07/2022 às 12:29 | Atualizado em 01/07/2022 às 12:31
SÉRGIO BERNARDO/ACERVO JC IMAGEM
Antônio Lavareda - FOTO: SÉRGIO BERNARDO/ACERVO JC IMAGEM
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A partir da próxima quarta-feira, dia 6 de julho, o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda vai analisar o cenário político em Pernambuco e no Brasil durante o programa Corrida Eleitoral, que será transmitido pela Rádio Jornal, às 8h50.

O quadro semanal será replicado nos demais veículos do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC). O objetivo é apresentar um panorama das eleições 2022 a partir da leitura de pesquisas divulgadas e das tendências apontadas.

"O quadro Corrida Eleitoral é uma parceria com o professor Lavareda que se repete este ano e que ganha uma importância ainda maior nesta eleição, já que tanto no cenário nacional como no local há muitas indefinições, inclusive sobre que candidaturas de fato estarão efetivadas em agosto, período final de registro junto ao TSE. Nosso propósito é, com a experiência do professor Lavareda, ajudar o ouvinte da rádio a entender quais são as peculiaridades desta eleição e, sobretudo, fazer uma leitura adequada das pesquisas divulgadas”, destacou Mônica Carvalho, diretora de jornalismo da TV Jornal e da Rádio Jornal.

Laurindo Ferreira, diretor de Redação do Jornal do Commercio, ressalta que a cobertura das eleições já começou e a chegada de Lavareda contribui para o bom debate sobre o Estado e o País.

"A presença do professor Lavareda fortalece a cobertura de eleição do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, com  boas análises, de um nome nacional, sobre o quadro eleitoral de Pernambuco e do Brasil. É uma das apostas que fazemos na cobertura da campanha, que já começou. Temos discutido propostas de governo com os candidatos e vamos começar, em todas as plataformas, uma discussão sobre os problemas de Pernambuco, associados às graves questões nacionais, chamando à responsabilidade o próximo governador. Esse será o nosso grande diferencial. Os desafios são grandes e vamos provocar esse debate durante todo esse período, com a ajuda e avaliação do professor Antonio Lavareda", afirmou Laurindo.

Entrevista

Antes mesmo da estreia do quadro Corrida Eleitoral, o especialista Antonio Lavareda destacou, em entrevista ao SJCC, alguns dos diversos pontos que serão discutidos neste pleito. Confira: 

SJCC: Quais as semelhanças e diferenças entre esta eleição e a de 2018?

Lavareda: Essa é uma eleição nacional bastante diferente da anterior (2018). Aquela foi o que a ciência política classifica como “ eleição crítica”, combinando crise econômica, Operação Lava Jato e impeachment. Um caldo de cultura que abriu as portas para um outsider chegar ao Palácio do Planalto. Dessa feita temos uma eleição “normal”. O presidente (Jair Bolsonaro) entendeu isso, vestiu o figurino tradicional e se filiou a um grande partido (o PL), com direito à fatia expressiva do Fundo Eleitoral e muito tempo de TV e de Rádio.

SJCC: Qual o peso da disputa nacional no cenário local?

Lavareda: Com a polarização exacerbada, que retira oxigênio para que prosperem candidaturas da terceira via, teremos provavelmente a mais nacionalizada das eleições estaduais. Algo comparável, talvez, a 2006. Com um forte efeito top-down.

SJCC: Temos, em Pernambuco, uma vaga ao Senado nesta eleição. A regra é a mesma para este cenário polarizado nacionalmente?

Lavareda: A eleição do Senado, essa já é mais colada na disputa ao governo estadual, sobretudo nos anos, como agora, em que há uma única vaga em disputa para o cargo. Esse voto costuma ser consolidado na fase final das campanhas.

SJCC: Vamos eleger deputados, qual a expectativa de renovação das bancadas? Segue a linha raciocínio desta polarização ou há espaço para novas lideranças?

Lavareda: Não é elevada a expectativa de renovação das bancadas à Câmara Federal. Contam para isso dois fatores. O primeiro é a distribuição do Fundo Eleitoral privilegiando os atuais deputados. E o segundo, e até mais importante, é o papel que terão as emendas de Relator, orçamento secreto, etc, que geram laços especiais com os prefeitos que são retribuídos em apoio eleitoral.

SJCC: Qual o papel das pesquisas eleitorais e a correta leitura a partir dos dados divulgados?

Lavareda: A cada ciclo eleitoral aumenta o número de pesquisas e institutos. No geral, isso é positivo, à medida que gera mais informações para o acompanhamento da disputa pelos cidadãos. Nos EUA há centenas deles. Mas isso também exige maior escrutínio do trabalho dessas empresas por parte da sociedade e em especial da mídia. Outra coisa importante é lembrarmos que as pesquisas medem intenções de voto, atitudes, não têm condição de prever com exatidão o resultado oficial. Simplesmente porque, em função de diversos fatores, voto útil, etc, as pessoas mudam de atitude até na véspera ou no dia da eleição. Inclusive deixando de ir votar. Nas pesquisas nacionais não mais que 10% dos eleitores dizem que não votarão em ninguém. Porém na eleição passada, mais de 40 milhões deixaram de votar ou votaram branco ou nulo, 27% do total.

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