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Fachin rebate ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas e pede 'basta à desinformação e ao populismo autoritário'

A dura reação do presidente do TSE, Edson Fachin, ocorreu durante uma fala dele em evento organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná

Amanda Azevedo
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Amanda Azevedo
Publicado em 18/07/2022 às 20:22 | Atualizado em 19/07/2022 às 0:34
Nelson Jr./ASCOM/TSE
Ministro Edson Fachin - FOTO: Nelson Jr./ASCOM/TSE
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Da Estadão Conteúdo 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, rebateu nesta segunda-feira (18) os ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral do País. Sem citar o nome de Bolsonaro, mas com referência direta ao discurso que o presidente fez no Palácio da Alvorada para um grupo de embaixadores, Fachin afirmou que "é hora de dar um basta à desinformação e ao populismo autoritário".

A dura reação do presidente do TSE ocorreu durante uma fala dele em evento organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná.

"Quero dizer, sem meias palavras, que é muito grave, que há um inaceitável negacionismo eleitoral por parte de uma personalidade pública importante. E é muito grave acusação de fraude, de má-fé a uma instituição mais uma vez em apresentar prova alguma", afirmou Fachin.

Ele se referia às seguidas declarações Bolsonaro na reunião com embaixadores estrangeiros em que o presidente da República citou o TSE, três de seus ministros (o próprio Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso) e levantou uma série de suspeitas sem prova alguma de falhas no sistema eletrônico de votação.

"É importante que a sociedade civil, cidadãos e cidadãs entenderem que esse tipo de desinformação como aquelas que hoje foram veiculadas nesta capital, se isso assim prosseguir, somente pode interessar a quem não interessam provas e fatos. Por isso, precisamos nos unir e não aceitar sem questionar a razão de tantos ataques institucional e pessoais. Mais uma vez , a Justiça eleitoral e seus representantes são atacados, como foram na data de hoje, com acusações que não têm fundamento na realidade", declarou Fachin.

Fachin também fez questão de condenar a atitude do presidente de convocar embaixadores estrangeiros para difundir desinformação.

"Mais grave ainda envolver a política internacional e as Forças Armadas nessa contaminação. As Forças Armadas, cujo papel relevante e constitucional ninguém pode negar, são forças de Estado e não de um governo".

Barroso também rebateu declarações de Bolsonaro

O ministro Barroso divulgou nota para também rebater as declarações de Bolsonaro. O texto fala em "reiteradas mentiras" repetidas nesta segunda-feira (18).

"Cumprindo o cansativo dever de restabelecer a verdade diante de mentiras reiteradamente proferidas, o gabinete do ministro Luís Roberto Barroso informa que ele jamais proferiu palestra no exterior sob o título "Como se Livrar de um Presidente", diz a nota.

Segundo o ministro, ele participou de um evento para falar de "Populismo Autoritário, Resistência Democrática e Papel das Supremas Cortes".

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