Em Pernambuco, Lula faz críticas duras a Bolsonaro e diz que quer ser presidente para tirar o Brasil da pobreza
O ex-presidente Lula (PT) não economizou nas críticas que direcionou ao presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário no pleito de outubro
De passagem por Pernambuco nesta quarta (20) e quinta-feira (21), o ex-presidente Lula (PT) não economizou nas críticas que direcionou ao presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário no pleito de outubro.
Segundo pesquisa PoderData realizada entre 17 e 19 de julho e divulgada hoje, Lula venceria Bolsonaro no segundo turno com 51% dos votos contra 38% do militar da reserva.
"O genocida acabou com o Minha Casa, Minha Vida e prometeu o Casa Verde e Amarela. Eu quero dizer para ele que vocês vão ganhar essas eleições pra mim e nós vamos voltar a fazer o Minha Casa, Minha Vida, mas cada um vai pintar da cor que quiser. Pode pintar de vermelho, pode pintar de branco, de amarelo, de verde, pinta da cor que quiser porque esse País não tem uma cor só, esse País é multicolorido, nesse País cabem todas as cores que o mundo conseguiu produzir", disse o petista.
Durante o seu discurso, o ex-presidente também afirmou que, mesmo estando 76 anos, se sente com a disposição de um homem de 30 e a paixão política de alguém com 20.
Lula falou que sonha em governar novamente para que o País volte a crescer como nos seus dois mandatos, possibilitando que todo brasileiro consiga fazer pelo menos três refeições todos os dias.
"Eu sou contra a pobreza, eu quero que todo mundo viva bem, ganhe bem, se vista bem, que todo mundo tenha aquilo que todo mundo tem que ter. Por que uns têm que ter tudo e outros não podem ter nada? Como uma pessoa pode comer dez pães em um dia e outra passa dez dias sem comer um pão? Como no maior produtor de proteína animal do mundo a pessoa vai no supermercado comprar osso, carcaça de frango, pé de frango?", questionou Lula.
Na ocasião, o petista também orientou os seus apoiadores a tomarem cuidado com fake news e criticou Bolsonaro por divulgar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas.
"Ele (Bolsonaro) já sabe que vai perder as eleições e está inventando mentiras contra as urnas. Ele foi eleito todas as vezes pela urna eletrônica e agora está querendo criar caso. Está desconfiando da urna, mas no fundo o que ele não quer é que o povo trabalhador desse País vote", disparou.
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A respeito do imbróglio jurídico em torno do ICMS dos combustíveis, Lula disse que Bolsonaro "prejudicou" os governadores com a iniciativa e que a mudança deve prejudicar áreas como educação, pois os Estados terão menos receita para realizar investimentos.
"O presidente prejudicou os governadores com essa redução do ICMS. Vai faltar dinheiro para a educação e para a saúde. Esperem o próximo ano pra ver. Tudo isso para poder reduzir o preço da gasolina em 69 centavos. Mas ele poderia ter tido coragem e com a mesma canetada com que o Pedro Parente aumentou a gasolina sem pedir pra ninguém, ele reduzia a gasolina sem pedir pra ninguém. Acontece que pra fazer isso tem que ter coragem, pra fazer isso tem que ter discernimento, compromisso com o povo", declarou o ex-presidente, dizendo que se for eleito vai "abrasileirar" o preço dos combustíveis, impedindo que ele seja precificado com base no dólar.
Lula chegou ao ato de Garanhuns por volta das 12h30, depois de passar por uma réplica da casa onde nasceu na cidade de Caetés. Depois de sair da Arena 13, seguiu para Serra Talhada, onde participa de outro evento entre o fim da tarde e o início da noite. Amanhã, quinta-feira, o petista se reúne com apoiadores em Olinda, no Classic Hall.