Lula em Pernambuco: 'A história vai julgar o que faremos', diz Lula sobre aliança com Alckmin
No Recife, Lula disse que não está pedindo Alckmin em casamento, mas que está fazendo uma aliança política
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua precisando justificar a aliança eleitoral que firmou com o ex-governador paulista Geraldo Alckmin para a eleição presidencial deste ano.
Em sua passagem por Pernambuco, nesta quinta-feira (21), o petista destacou que não está pedindo Alckmin "em casamento" e sim que está formando uma aliança política.
"Eu precisava ter um companheiro de qualidade e dimensão e alguém que governou São Paulo por 16 anos tem qualidade suficiente para me ajudar a consertar esse país. Não fui pedir ele em casamento, ele já está casado, eu também, fui estabelecer aliança política com um segmento que não era o meu".
O petista disse ser necessária a aliança, pois a eleição "não será comum". "Enfrentaremos um fascista cercado de milicianos e que precisamos derrotar para recuperar a democracia. Sou muito agradecido ao Alckmin ter aceito essa tarefa, a história vai julgar melhor depois o que faremos".
Histórico adversário do PT, Alckmin deixou o PSDB e se filiou em março ao PSB a fim de concorrer como vice na chapa a ser encabeçada por Lula.
O ex-presidente já defendeu em outras oportunidades que a aliança é um sinal de maturidade, de compromisso com o País. "Faço distinção do que é disputa política, do que é briga na campanha e a nossa convivência democrática."
O ex-governador e Lula se defrontaram no segundo turno em 2006 — mas, segundo Alckmin defende, sempre "dentro da regra democrática".
Recife
Lula e Alckmin participaram de encontro com o setor cultural no Teatro do Parque, no Recife. O ato foi marcado por críticas ao governo Jair Bolsonaro e ao que representantes da área classificaram como abandono da cultura.
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"Eu não precisaria voltar a ser presidente, poderia guardar meu título de melhor presidente e viver os últimos anos da minha vida tranquilo, mas vi o país sendo destruído, todo nosso trabalho sendo jogado fora, a Funarte sendo presidida por um cara que não gostava de negro, a cultura ter gente que não gostava de cultura", disse Lula na reunião.