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Ao ter oficializada sua candidatura à reeleição da Presidência da República, durante convenção nacional do Partido Liberal (PL), o presidente Jair Bolsonaro defendeu que o papel do vice-presidente exige lealdade.
No evento, realizado num Maracanãzinho tomado pelo verde e amarelo, no Rio de Janeiro, foi oficializada, como previsto, a chapa pura com o general Braga Netto (PL).
O nome do atual vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), com quem Bolsonaro tem colecionado tensões ao longo dos quatro anos de mandato, não foi citado. Mas as indiretas foram claras. "O vice não pode ser pessoa que conspire contra você", declarou.
"Vice é alguém para estar ao seu lado em momentos difíceis", seguiu.
Em um discurso de uma hora e nove minutos, o presidente voltou a utilizar um slogan de inspiração fascista: "Deus, pátria, família e liberdade".
O mesmo slogan era utilizado pelo integralismo brasileiro nos anos 1930, representação do fascismo italiano no País.
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"Vocês sabem o que vou fazer se for reeleito de forma transparente e democraticamente", afirmou o presidente, que pediu à população para fazer comparações com governos passados na hora de decidir o voto. "Comparem meu governo com três anos e meio de governos anteriores", declarou.
CONFIRA a convenção do PL:
CRÍTICAS A LULA
O endividamento da Petrobras nos governos Lula e Dilma também foi lembrado. O presidente repetiu que o governo está há três anos e meio sem corrupção, mas ignorou as denúncias ocorridas em seu governo.
Mesmo sem citar nominalmente o ex-presidente Lula, seu rival na que promete ser a mais acirrada disputa à Presidência da República da história do Brasil, Bolsonaro fez críticas veladas ao petista.
Afirmou que Lula e seus apoiadores defendem a "desconstrução da heteronormatividade" e a "ideologia de gênero", duas das principais bandeiras da esquerda e da candidatura do ex-presidente em todas as eleições disputadas.
Afirmou que Lula e seus apoiadores defendem a "desconstrução da heteronormatividade" e a "ideologia de gênero", duas das principais bandeiras da esquerda e da candidatura do ex-presidente em todas as eleições disputadas.
Ainda atacou as políticas de contenção da pandemia e elogiou a atuação no governo do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao governo de São Paulo. Também garantiu que seguirá "no meio do povo", apesar dos riscos relacionados à sua segurança.
Bolsonaro foi recebido como o "capitão do povo", refrão do single que tocava quando o presidente entrou no palco montado no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. "É o capitão do povo, que vai vencer de novo. Ele é de Deus, você pode confiar. Defende a família e não vai te enganar", dizia o single.
O discurso do presidente e candidato à reeleição durou aproximadamente uma hora e foi marcado por citações a Deus e críticas ao comunismo e à esquerda.
O discurso do presidente e candidato à reeleição durou aproximadamente uma hora e foi marcado por citações a Deus e críticas ao comunismo e à esquerda.
VAIAS AO STF
O público que acompanhou a convenção - e que segue o presidente - demonstrou, mais uma vez, desprezo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que tem travado diversas batalhas com o presidente.
A plateia vaiou o STF quando a instituição foi citada por Bolsonaro em seu discurso. Bolsonaro deu a deixa para que seus apoiadores atacassem o STF. "Sob meu governo, o povo tomou conhecimento sobre o que é o Supremo Tribunal Federal", disse.
CONFIRA o momento das vaias:
A plateia vaiou o STF quando a instituição foi citada por Bolsonaro em seu discurso. Bolsonaro deu a deixa para que seus apoiadores atacassem o STF. "Sob meu governo, o povo tomou conhecimento sobre o que é o Supremo Tribunal Federal", disse.
CONFIRA o momento das vaias:
Na sequência, abaixou o microfone e deixou que o público entoasse vaias e a palavra de ordem "Supremo é o povo".
As vaias foram acompanhadas com ironia por Bolsonaro, que esboçou um leve sorriso e silenciou, deixando a plateia à vontade.
“Esses poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo. Têm que entender que quem faz as leis é o Poder Executivo e o Legislativo. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Isso interessa a todos nós", afirmou.
As vaias foram acompanhadas com ironia por Bolsonaro, que esboçou um leve sorriso e silenciou, deixando a plateia à vontade.
“Esses poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo. Têm que entender que quem faz as leis é o Poder Executivo e o Legislativo. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Isso interessa a todos nós", afirmou.
SETE DE SETEMBRO
Bolsonaro também convocou seus apoiadores a "irem às ruas pela última vez" no dia 7 de Setembro: "Nós não vamos sair do Brasil. Nós somos a maioria, nós temos disposição para luta. Convoco todos vocês agora para que todo mundo, no 7 de setembro, vá as ruas para a última vez".
MICHELLE E DESTAQUE A MULHERES
Assim como tem feito Lula com Janja - a nova esposa -, a mulher do candidato Bolsonaro, a primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro, teve destaque na convenção. Foi a primeira a discursar, fazendo, basicamente, referências religiosas e elogios ao marido e ao lado humano dele.
Com informações da Agência Estado
