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Bolsonaro critica Fiesp por articular manifesto pela democracia

Bolsonaro disse que o documento tem teor político e visa defender a candidatura do ex-presidente Lula

Amanda Azevedo
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Amanda Azevedo
Publicado em 28/07/2022 às 21:13 | Atualizado em 28/07/2022 às 21:14
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A declaração de Bolsonaro foi feita na noite desta quinta-feira (28) durante live transmitida nas redes sociais - FOTO: REPRODUÇÃO DE VÍDEO
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Da Estadão Conteúdo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, por organizar um manifesto em defesa da democracia que reúne assinaturas de associações empresariais e da sociedade civil.

Bolsonaro disse que o documento tem teor político e visa defender a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Quem é contra a democracia no Brasil? Somos pela transparência, pela legalidade, respeitamos a Constituição. Eu não entendi essa nota, que foi patrocinada pelo nosso querido filho do vice do ex-presidente Lula, seu Josué Gomes da Silva. É uma nota política em ano eleitoral", disse o presidente ao lembrar que Josué é filho do ex-vice-presidente dos dois governos Lula, José de Alencar.

A declaração de Bolsonaro foi feita na noite desta quinta-feira (28) durante live transmitida nas redes sociais.

Bolsonaro ainda chamou a postura do presidente da Fiesp de "lamentável" e afirmou que a entidade prefere uma "democracia com ladrão", em referência a Lula.

"É uma nota política em ano eleitoral. É melhor democracia com ladrão do que outro regime com honesto. Agora, qual outro regime com o honesto. Que outro regime é esse? Não consigo entender. Estão com medo de quê? Se eu estou três anos e meio no governo, nunca nenhuma palavra minha, nem um gesto (contra a democracia) "

"(Essa carta) nasceu lamentavelmente na Fiesp", disse também Bolsonaro, ao declarar que assinaria o manifesto se ele "não tivesse teor político".

O presidente repetiu a acusação de que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) será signatária do documento por perdas de arrecadação decorrentes do Pix. "No corrente ano, banqueiros devem deixar de arrecadar em torno de R$ 22 bilhões com Pix", pontuou.

Batizado de "Em Defesa da Democracia e da Justiça", o manifesto em criação pela Fiesp é o segundo documento público lançado em defesa da democracia após seguidos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral. Ex-alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) lançaram a "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito", que será lida no próximo dia 11 de agosto.

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