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Manifesto pela democracia: no Recife, políticos não participarão da leitura da carta; entenda

Em Pernambuco, a leitura do Manifesto pela Democracia ocorre na Faculdade de Direito de Recife

Augusto Tenório
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Augusto Tenório
Publicado em 10/08/2022 às 18:29 | Atualizado em 10/08/2022 às 23:22
FELIPE RIBEIRO/ACERVO JC IMAGEM
FDR Na capital pernambucana, a Faculdade de Direito será palco de leitura do Manifesto pela Democracia - FOTO: FELIPE RIBEIRO/ACERVO JC IMAGEM
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A leitura do Manifesto pela Democracia, documento redigido pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), ocorre simultaneamente nesta quinta-feira (11) em diversas capitais do Brasil. Em Pernambuco, a leitura ocorre na Faculdade de Direito de Recife, sem a presença de políticos com mandato eletivo, ou que concorrem na eleição deste ano.

"Queremos proteger a perspectiva suprapartidária. Caso contrário, haveria possibilidade de legitimar o discurso de pessoas hostis às forças progressistas. O ato é protagonizado pela sociedade civil e movimentos sociais, não pelas representações partidárias", comenta Carol Ferraz, professora de direito da Universidade Católica de Pernambuco e uma das organizadoras do evento, ao Jornal do Commercio.

O documento (61 KB) será lido por acadêmicos, lideranças da área de direitos humanos e representantes de sindicatos, artistas e grupos minoritários. O ato para a leitura do Manifesto pela Democracia terá início às 9H, quando membros da sociedade civil se concentram na Unicap.

BRENDA ALCÂNTARA/JC IMAGEM
Bloco G da Universidade Católica de Pernambuco - BRENDA ALCÂNTARA/JC IMAGEM

"Fizemos uma escolha de não ter um único leitor, mas vários leitores, para representar os diversos grupos que formam o povo pernambucano. A leitura ocorre numa universidade pública, uma instituição muito atacada pela política do Governo Federal", explicou Carol Ferraz.

O grupo parte às 10h, numa caminhada vagarosa pelos 800 metros que separam a Universidade Católica de Pernambuco e a Faculdade de Direito de Recife. A partir das 11h, ocorre a leitura do manifesto, de maneira simultânea à leitura nas demais universidades.

Ouvidos pelo Jornal do Commercio, lideranças do ato indicam que organiza-se entre grupos da manifestação um cortejo rumo à Rua da Aurora, no intuito de para somar esforços ao ato das centrais sindicais.

A Central Única dos Trabalhadores convoca uma concentração, em frente ao Ginásio Pernambucano, para um ato em defesa da democracia. Lá, políticos com e sem mandato, além de candidatos a cargos eletivos, podem participar livremente.

"É um ato que acolhe posicionamentos distintos, não é algo somente da esquerda. É sobre a defesa da democracia, de se posicionar contra embarcar numa aventura apontada pelo presidente Bolsonaro (PL). É para fortalecer o processo eleitoral que já existe, que sempre foi transparente e respeitado", diz Paulo Rocha, presidente da CUT em Pernambuco.

Enquanto isso, a Universidade Federal Rural de Pernambuco também realiza a leitura da Carta às Brasileiras e Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito. O ato acontece a partir das 14h, no Hall da Reitoria, Prédio Central, no campus Recife. 

O Manifesto pela democracia

A carta foi elaborada em resposta aos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro. O mandatário, atrás nas pesquisas eleitorais, subiu o tom contra as urnas eletrônicas e afirma que não aceitará derrota no pleito a ser realizado em outubro de 2022.

O manifesto já conta com mais de 869 mil adesões. O documento foi inspirada em um outro manifesto, lido em 11 de agosto de 1977, durante a ditadura militar, pedindo a redemocratização do Brasil.

Além de presidenciáveis, artistas e demais lideranças assinaram o manifesto pela democracia. A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) também organizou seu manifesto.

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