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Pesquisa Ipec mostra que disputa pelo Governo de Pernambuco segue aberta; marilistas celebram

Poucos minutos após a pesquisa eleitoral Ipec ser divulgada, na noite desta terça-feira, marilistas celebraram o resultado internamente. Entenda o porquê

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Augusto Tenório

Publicado em 11/10/2022 às 20:14 | Atualizado em 11/10/2022 às 20:19
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Poucos minutos após a pesquisa eleitoral Ipec ser divulgada, na noite desta terça-feira, marilistas celebraram o resultado internamente. Isso porque os números mostram uma disputa mais apertada pelo Governo de Pernambuco que o cenário apontado mais cedo, pela Real Time Big Data. Além disso, há um fator que passou batido pelo telejornal NE2.

De acordo com o Ipec, Raquel Lyra (PSDB) lidera com 50% de intenção de voto, enquanto Marília Arraes (Solidariedade) tem 42%. Isso indica que a tucana 'virou o jogo' com relação ao resultado apresentado pelas urnas no último dia dois de outubro, quando confirmou-se um segundo turno entre as candidatas.

A comemoração dos marilistas dá-se porque a diferença apontada pelo Ipec, de oito pontos percentuais, é menor que os 19 pontos que separam Marília de Raquel na Real Time Big Data. Trata-se de um resultado diferente dos "70% x 30%" esperados pela campanha tucana, como contou o Blog de Jamildo.

BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM e GUGA MATOS/JC IMAGEM
Marília Arraes (SD) e Raquel Lyra (PSDB) vão disputar segundo turno pelo governo de Pernambuco com uma margem de primeiro turno bastante apertada, veja quando sairá primeira pesquisa para o Governo de Pernambuco no 2º turno - BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM e GUGA MATOS/JC IMAGEM

Além disso, a espontânea indica espaço para disputa de uma parcela significativa do eleitorado. No levantamento espontâneo, quando pergunta-se a intenção de voto sem apresentar o nome das candidatas, 23% dos entrevistados afirmam não saber em quem votar no segundo turno da eleição para o Governo de Pernambuco. Nessa modalidade, Raquel tem 37% e Marília tem 31%.

Pesa a favor de Raquel, porém, que a candidata retomou somente há pouco sua campanha. Ela estava afastada das atividades eleitorais devido ao luto. A ex-prefeita de Caruaru perdeu o marido, vítima de um infarto, no dia do primeiro turno.

Sob reserva, aliados de Marília contam que a presença de Lula (PT) em Pernambuco deve pesar a favor da ex-petista. Isso porque o ex-presidente, desta vez, vai declarar apoio oficial à deputada federal, o que não ocorreu no primeiro turno.

O que pesa contra Raquel, nesse sentido, também pode favorecer a tucana. A ex-prefeita de Caruaru deve seguir com discurso de neutralidade, podendo angariar votos de esquerda, assim como os eleitores bolsonaristas, viram seus candidatos, Miguel Coelho (UB) e Anderson Ferreira (PL), ficarem no primeiro turno.

O ex-prefeito de Petrolina declarou apoio a Raquel Lyra antes mesmo do fim da apuração das urnas. Já o ex-prefeito de Jaboatão, cujo nome é associado a Bolsonaro, deve anunciar na quinta-feira seu posicionamento sobre o segundo turno em Pernambuco, segundo apurou o JC com fontes do PL.

A campanha marilista aposta em chamar a neutralidade de Raquel Lyra de "omissão" e apostam nesse discurso nos guias eleitorais. Nas redes, apoiadores da candidata associam a ex-prefeita de Caruaru ao presidente Bolsonaro (PL).

Em tempo, nesta terça-feira, o jurídico de Raquel Lyra entrou com ações na Justiça contra peças de desinformação que circulam nas redes, associando a candidata ao bolsonarismo. Ao mesmo tempo, aliados próximos à tucana declararam apoio ao presidente.

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