DIÁLOGO

Raquel Lyra defende diálogo com Lula, mas quer PSDB com postura independente com relação ao novo governo

Raquel também destacou que vai buscar apoio do Governo Federal para superar os problemas de Pernambuco

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 15/12/2022 às 16:50 | Atualizado em 15/12/2022 às 17:08
 Yêdo Leonel
Raquel Lyra - FOTO: Yêdo Leonel
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A governadora eleita de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), revelou que tem conversado nos últimos dias com membros da equipe do governo eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no intuito de "abrir portas" e "construir pontes" em prol de pautas que sejam de interesse da população.

“Já tive contato com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), que está coordenando a transição, e tem aberto diálogo com os governadores. Também estive conversando com o futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que já se colocou à disposição do nosso estado”, disse Raquel Lyra, afirmando ainda que nessa quarta-feira (14), também conversou com a senadora Simone Tebet (MDB), cotada para assumir o Ministério do Desenvolvimento Social. 

A líder tucana classificou como avanço o acordo que visa compensar perdas de arrecadação com a lei que fixou teto de 17% a 18% na cobrança do ICMS sobre itens essenciais - combustíveis, energia e telecomunicações, homologado ontem pelo Supremo Tribunal Federal.

Raquel Lyra explicou que em Pernambuco, a estimativa é de que se tenha uma perda de arrecadação na ordem de R$ 2,5 bilhões para 2023, caso as medidas de isenção permaneça as mesmas. A equipe de transição do seu governo tem estudado sobre como buscar recursos, seja em receitas extraordinárias e na própria arrecadação, e em cortes dentro da própria máquina, para recompor o caixa e não afetar a prestação de serviços básicos para população.

“Nós estamos sucedendo um governo que está a muito tempo no poder e a gente entende que há uma oportunidade de busca de recursos dentro da própria máquina, que deveriam servir para ampliar os serviços para população mas que nesse primeiro momento servirá para recompor o caixa”, declarou a governadora eleita, durante entrevista à Rádio CBN de São Paulo, nesta quinta-feira (15).

 

POSIÇÃO DE INDEPENDÊNCIA

Durante a entrevista, Raquel Lyra defendeu que o PSDB adote uma postura de independência com relação ao governo do presidente eleito Lula.

Diferentemente do posicionamento externado pelo futuro presidente nacional do PSDB, o governador reeleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que fará oposição ao líder petista, Raquel declarou que,  neste momento,  é necessário construir pautas consensuais. 

"Defendo muito mais [a postura] de independência e de estar ao lado do novo governo para construir as pautas que são consensuais. A gente sabe o que há de divergência, o que precisamos é compreender as convergências, a nova agenda e ajudar este governo na medida em que haverá pautas consensuais para todos. Precisamos manter a independência e ajudar nas críticas que são construtivas", declarou.

PRIMEIRA MEDIDA DO GOVERNO ELEITO

 A governadora eleita disse que a principal tarefa do início do seu governo será combater a fome. “Vamos criar um programa de auxílio, de transferência de renda direta para colocar comida na mesa, ao mesmo tempo em que nós vamos estruturar o estado para a construção das 60 mil vagas de creches”, ressaltou.

“Voltar a gerar emprego e renda e combater a violência são temas que serão alvos já no primeiro dia de governo, da nossa preocupação, e, sobretudo, da nossa ocupação”, reiterou.

Raquel também destacou que vai buscar apoio do Governo Federal para superar os problemas de Pernambuco. “No estado, que hoje é vice-líder de desemprego e campeão de miséria no Brasil, que possamos ter os investimentos necessários do Governo Federal em Pernambuco, destravando áreas prioritárias para que o estado volte a crescer sem deixar ninguém para trás”, finalizou.

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