DIPLOMAÇÃO LULA: Alexandre de Moraes diz que a utilização das redes sociais nas eleições foi desvirtuada por extremistas

O ministro também fez um apelo pela pacificação do País e disse que Lula governará para mais de 215 milhões de brasileiros a partir de 1º de janeiro de 2023
Mirella Araújo
Publicado em 12/12/2022 às 16:03
Presidente do TSE, Alexandre de Moraes assinou e entregou os diplomas ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin Foto: ANTONIO AUGUSTO/TSE


Com informações do Estadão Conteúdo.

A cerimônia de diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizada nesta segunda-feira (12), em Brasília, foi marcada por discursos sobre a defesa do Estado e das instituições democráticas. 

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Em um discurso emocionado, Lula afirmou que “não foram poucas as tentativas de sufocar a voz do povo” e que “os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo”.

Logo depois, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, também fez uso da palavra, e não poupou críticas aos constantes ataques à democracia feitos ao longo desse processo eleitoral.

"A diplomação tem duplo significado. Além do reconhecimento de vitória da chapa atesta a vitória plena e incontestável da democracia e do estado de direito contra ataques antidemocráticos", afirmou o ministro.

Moraes ressaltou que a desinformação e discurso de ódio foram proferidos por "diversos grupos organizados", relembrando também o papel das redes sociais no pleito.

"A utilização em massa das redes sociais foi desvirtuada por extremistas. Extremistas, criminosos, milícias digitais passaram a atacar a mídia tradicional. Queriam substituir debate de ideias por suas mentiras autoritárias e discriminatórias", disse.

Ele revelou que esses grupos já foram identificados e garantiu que eles "serão integralmente responsabilizados para que isso não retorne nas próximas eleições".

O ministro também fez um apelo pela pacificação do País e disse que Lula governará para mais de 215 milhões de brasileiros a partir de 1º de janeiro de 2023. "Senhor presidente eleito, atividade política deve ser realizada sem ódio, sem discriminação e sem violência. A consequência do ódio e da violência é vazio e mágoa", afirmou

"Encerra assim mais um ciclo democrático com respeito à soberania popular e à Constituição e com o seu término as paixões eleitorais devem ser substituídas pelo respeitoso embate" de ideias, ressaltou Alexandre de Moraes.

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