O site Metrópoles revelou, nesta sexta-feira (20), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode virar alvo de acusações como prática de caixa 2 e lavagem de dinheiro com recursos oriundos do cartão corporativo da presidência. Após a quebra dos sigilos telefônicos do tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, o “coronel Cid”, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, por parte do ministro do STF Alexandre de Moraes, investigadores veem suspeitas dos crimes a partir das movimentações financeiras feitas além de áudios e vídeos do integrante das Forças Armadas.
De acordo com o Metrópoles, investigadores já acharam pagamentos, com dinheiro do caixa informal gerenciado pelo tenente-coronel, de faturas de um cartão de crédito emitido em nome de uma amiga do peito de Michelle Bolsonaro que era usado para custear despesas da ex-primeira-dama.
Ainda segundo a apuração do portal, Cid centralizava recursos que eram sacados de cartões corporativos do governo ao mesmo tempo em que tinha a incumbência de cuidar do pagamento, em dinheiro vivo, de diversas despesas da família presidencial, incluindo contas pessoais de familiares da então primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A investigação já teria revelado um modus operandi similar às rachadinhas que um dos filhos de Bolsonaro passou a ser investigado no Rio de Janeiro. Sempre fazendo saques em espécie, assim como pagamentos, e uso de funcionários de confiança nas operações.
Para além do montante sacado a partir de cartões corporativos que eram usados pelo próprio staff da Presidência, o site revelou que apareceram indícios de que valores provenientes de saques feitos por outros militares ligados a Cid e lotados em quartéis de fora de Brasília eram repassados ao tenente-coronel Cid.
Saques no Planalto
Os policiais já tiveram acesso às fitas de caixa e pediram imagens do circuito de segurança da agência bancária onde os pagamentos eram feitos, que segundo a publicação foi a agência 3606 do Banco do Brasil, que funciona no complexo do Palácio do Planalto.
As investigações apontam, conforme o Metrópoles, que ex-presidente aparece como interlocutor em várias das mensagens que Cid mantinha em seus aplicativos e foram copiadas pelos investigadores com autorização de Alexanrde de Moraes.
Áudios enviados por Bolsonaro indicam que ele tinha conhecimento e controle de tudo o que Cid fazia, inclusive dos pagamentos em espécie e de mensagens enviadas a extremistas.
Confira gastos de Bolsonaro no cartão corporativo, segundo Portal da Transparência
As informações foram reveladas pelo portal Metrópoles.
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