'Democracia, ordem e respeito aos Poderes são valores inegociáveis', diz Raquel Lyra após reunião entre Lula e governadores

Depois do encontro, os gestores atravessaram a Praça dos Três Poderes a pé, até a sede do Supremo Tribunal Federal (STF)
Renata Monteiro
Publicado em 09/01/2023 às 23:44
Raquel Lyra foi até o Supremo Tribunal Federal ao lado de Lula e outros governadores Foto: Reprodução/Twitter


A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), usou as redes sociais na noite desta segunda-feira (9) para reafirmar que "democracia, ordem e respeito aos Poderes são valores inegociáveis" para ela. A tucana está em Brasília, onde participou de reunião com o presidente Lula (PT) e outros governadores para condenar tentativa de ruptura institucional registrada no país no último domingo (8).

Após o encontro, Lula, os governadores e outras autoridades atravessaram a Praça dos Três Poderes a pé, até a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) para prestar solidariedade aos magistrados pelos atos terroristas que também atingiram a sede do Judiciário nacional.

"Nós saímos de uma reunião com os governadores do Brasil no Palácio do Planalto e viemos aqui ao Supremo Tribunal Federal para prestar a nossa solidariedade irrestrita aos poderes constituídos no Brasil, num Estado Democrático de Direito, onde democracia, ordem e respeito aos poderes são valores inegociáveis", disse Raquel, na publicação.

A chefe do Executivo estadual disse, ainda, que em Pernambuco "seguimos atentos e vigilantes de maneira integrada, agindo com as forças operacionais de polícia para permitir que a paz social permaneça no nosso Estado, trabalhando para que a democracia seja sempre valor inalienável e esteja sempre firme".

Também estiveram no encontro com Lula os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e do Senado Federal em exercício, Veneziano Vital do Rêgo (MDB). A presidente do STF, Rosa Weber, e outros ministros da Suprema Corte acompanharam o evento.

Aos governadores, Lula agradeceu pela solidariedade prestada e criticou duramente o grupos envolvidos nos atos terroristas.

"Vocês vieram prestar solidariedade ao país e à democracia. O que nós vimos foi uma coisa que já estava prevista. Isso tinha sido anunciado há algum tempo atrás. As pessoas não tinham pauta de reivindicação. Eles estavam reivindicando golpe, era a única coisa que se ouvia falar", disparou o petista.

O presidente voltou a criticar as forças policiais do Distrito Federal e declarou que deve-se investigar os financiadores dos ataques de Brasília.

"A polícia de Brasília negligenciou. A inteligência de Brasília negligenciou. É fácil a gente ver os policiais conversando com os invasores. Não vamos ser autoritários com ninguém, mas não seremos mornos com ninguém. Nós vamos encontrar quem financiou (os atos golpistas)", pontuou o presidente.

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