SEGURANÇA

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS: Raquel Lyra participa de reunião com o presidente Lula; veja medidas anunciadas

A governadora de Pernambuco afirmou que já foram registrados 358 boletins de ocorrência e três adolescentes foram apreendidos por praticarem atos infracionais equivalente ao crime de terrorismo

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 18/04/2023 às 16:39 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:07
Secom/ Palácio do Planalto
Governadora Raquel Lyra participa de reunião com o presidente Lula sobre violência nas escolas - FOTO: Secom/ Palácio do Planalto

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), esteve presente na reunião liderada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília, que teve como objetivo principal discutir a elaboração de políticas públicas para segurança no ambiente escolar. 

O encontro, realizado na manhã desta terça-feira (18), contou com participação de autoridades do Judiciário e do Legislativo, além de ministros, governadora e prefeitos. Na ocasião, o presidente Lula anunciou um pacote de ações integradas para prevenir casos de violências nas escolas. O governo federal vai dar um suporte de R$ 3,1 bilhões a serem transferidos para estados e municípios

“Em Pernambuco, estamos trabalhando a inteligência policial, implantamos o canal 197 para denúncias, registramos 358 boletins de ocorrência e apreendemos três adolescentes que praticaram atos infracionais equivalentes ao crime de terrorismo. Estamos intensificando a segurança nesses ambientes para que as nossas crianças e jovens possam se sentir mais protegidos”, declarou Raquel Lyra.

 O presidente Lula declarou que a situação não será resolvida só colocando "detectores de metais nas escolas", mas que deve ter uma participação das famílias na vivência escolar. 

“Estamos diante de um fato novo. Invadiram um lugar que, para nós, é de segurança. E não vamos resolver esse problema elevando o muro da escola ou colocando detectores de metais. A família tem que estar envolvida nesse processo, precisa ter responsabilidade e ajudar a educar. Temos que levar em conta que sem a participação dos pais, não iremos recuperar o processo educacional correto nas nossas escolas. Nós temos que transformar esse grave problema em uma solução política para resolver a violência”, afirmou o presidente da República. 

De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, o governo vai adiantar as transferências de R$ 1,097 bilhão no âmbito do Programa Dinheiro Direito na Escola (PDDE). A segunda parcela seria paga em setembro, mas o dinheiro já cairá neste mês nas contas das escolas.

Também dentro do programa haverá a liberação de R$ 1,8 bilhão, relacionados a anos anteriores e que estão parados nas contas das escolas para outras ações. Outros R$ 200 milhões serão direcionados para ações como a criação de núcleos psicossociais, municipais, regionais ou estaduais.

“Essas ações integradas visam aumentar a segurança nas escolas brasileiras, com foco em investimentos na infraestrutura dos colégios, na formação de profissionais e na implementação de núcleos de apoio psicossocial que contribuam para a saúde mental da comunidade”, enfatizou Camilo Santana.

VEJA QUAIS PROJETOS FORAM ANUNCIADOS PELO MINISTRO DA EDUCAÇÃO:

- Curso de formação continuada, oferecido por universidades, para professores saberem como enfrentar a violência escolar;

-  Parceria com o Conselho Nacional da Justiça para construção de paz nas escolas; o investimento de R$ 150 milhões no Programa Nacional de Segurança nas Escolas para apoio às rondas escolares, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública;

- A criação de um canal de denúncia (https://www.mj.gov.br/escolasegura); e o estabelecimento de um canal de WhatsApp, criado pelo Ministério de Direitos Humanos e Cidadania, no número: (61) 99611-0100.

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