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Lula prevê crescimento do país em mais de 2,5% este ano

Presidente criticou, novamente, o patamar da Selic

Cadastrado por

Esaú Júlio

Publicado em 15/06/2023 às 15:48
Lula não falará sobre julgamento que pode tornar Bolsonaro inelegível - Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (15), que a economia brasileira tem potencial para crescer mais de 2,5% este ano. Lula expressou confiança de que o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, irá superar as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê um crescimento de apenas 0,9%.

De acordo com o presidente, essa previsão otimista se deve às políticas implementadas pelo governo para aumentar a circulação de dinheiro na população.

Durante uma entrevista em Goiás, Lula declarou: "Estamos caminhando para um crescimento acima de 2%, talvez até 2,5% e, se as coisas continuarem como planejado, poderemos crescer ainda mais. A primeira coisa que fizemos foi retomar todas as políticas sociais que estavam funcionando bem. Estamos injetando dinheiro na base do país por meio de políticas sociais que beneficiam pequenos produtores, empreendedores, beneficiários do Bolsa Família e pessoas que estão aguardando a aposentadoria na Previdência Social. Esse dinheiro está começando a circular novamente, inclusive na área da cultura".

No mês de abril, o FMI reduziu a previsão de crescimento econômico do Brasil para 0,9% neste ano, o que está abaixo da média mundial e da média dos países da América Latina e Caribe. No relatório anterior, divulgado em janeiro, a previsão era de um crescimento de 1,2%.

O QUE LULA ESTÁ CRITICANDO? 

Lula também voltou a criticar a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Essa taxa é utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação, já que juros mais altos incentivam a poupança e encarecem o crédito, reduzindo a demanda aquecida.

Desde março de 2021, o Banco Central iniciou um ciclo de aumento na taxa de juros devido ao aumento nos preços de alimentos, energia e combustíveis. Atualmente, a Selic está em seu nível mais alto desde janeiro de 2017, com taxa de 13,75% ao ano. O governo federal tem criticado a manutenção dessa taxa, argumentando que a redução seria necessária para impulsionar o crescimento econômico.

O QUE LULA QUER RECUPERAR? 

Lula ressaltou a importância de recuperar a capacidade de geração de empregos, pois as pessoas desejam sustentar-se por meio do trabalho. Ele afirmou: "Ninguém gosta de depender do Bolsa Família, ninguém gosta de depender de favores. Já fizemos isso uma vez e faremos novamente. Este país voltará a crescer, a gerar empregos, a aumentar o salário mínimo acima da inflação a cada ano. É para isso que retornei e é para isso que o povo me elegeu".

O QUE LULA FARÁ AMANHÃ? 

Nesta sexta-feira (16), o presidente Lula inaugurará um trecho da Ferrovia Norte-Sul em Rio Verde, Goiás. Ele mencionou que pretende convidar o ex-presidente José Sarney, responsável por iniciar essa ferrovia em 1987 no Maranhão.

Lula enfatizou que o governo está retomando 14 mil obras paralisadas em diversas áreas e destinou R$ 23 bilhões para investimentos em transporte somente este ano. Ele anunciou o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em 2 de julho, no qual serão incluídas as obras prioritárias apresentadas pelos governadores, incluindo o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

O presidente destacou a importância estratégica de Goiás para o fluxo de produtos agrícolas no país e mencionou seu desejo de investir em um sistema intermodal, incluindo o desenvolvimento de mais ferrovias e hidrovias.

No que diz respeito à distribuição de cargos federais em Goiás, Lula afirmou que divergências políticas são comuns, mas assegurou que não há divergências relacionadas a cargos com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política. Ele reforçou seu compromisso de cumprir os acordos estabelecidos com os partidos aliados durante as eleições e enfatizou a importância de compartilhar a governança do país entre os partidos que contribuíram para a vitória.

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