Em entrevista à Rádio Jornal, nesta quinta-feira (13), o secretário estadual de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional, Fabrício Marques, revelou alguns detalhes de como será destinado o empréstimo de R$ 1,7 bilhão obtido pelo governo de Pernambuco em contrato de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) da Caixa Econômica Federal.
"As grandes áreas que o Estado vai contemplar com esses recursos são a infraestrutura rodoviária; área de água, abastecimento e saneamento básico, principalmente nos centros urbanos; requalificação da rede hospitalar do Estado. Além disso, fazer investimento nas maternidades, como está no plano de governo, e garantir recursos para o Morar Bem, maior programa de habitação da história de Pernambuco", afirmou o secretário estadual, no programa Passando a Limpo.
A assinatura do contrato ocorreu na tarde dessa quarta-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília. O contrato foi assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pela governadora do Estado em reunião com a presença da bancada federal de Pernambuco no Congresso.
"Nós estamos com alguns programas em execução, como o Morar Bem, inclusive depende de alguns acordos com o governo federal, que também vai dar apoio. O governo do Estado vai usar recursos para o eixo de habitação para complementar as contrapartidas com o governo federal. E financiar o programa de moradia popular", disse.
O gestor estadual destacou que o déficit no Estado é superior a 300 mil moradias, e que o governo tem o compromisso de entregar 50 mil nesse mandato de Raquel Lyra. "A gente deu um grande passo já com a garantia desses recursos."
Em relação à área de água e saneamento básico, o gestor estadual destacou que como os recursos devem ser usados.
"Já existem programas em execução no Estado e que estavam paralisados por falta de recursos. Programas de ampliação das redes de saneamento básico, em especial nas cidades do Agreste e na Região Metropolitana. E esses recursos irão ser usados para financiar a conclusão de obras que vinham ocorrendo e ampliação de rede de água e saneamento básico. Vai ser muito focado em redes das áreas urbanas, porque nós temos também empréstimo aprovado com o Banco Mundial focado exclusivamente na área rural. Vamos assinar um pouco mais para frente", destacou Fabrício Marques.
Além da Região Metropolitana, há previsão de investimentos para melhorar o abastecimento de água nas casas dos moradores do Litoral Sul de Pernambuco.
INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA
Em relação aos investimentos em infraestrutura rodoviária, o secretário estadual destacou que o desafio é grande.
"Temos rodovias como a PE-60, que a gente vai ter recursos para requalificar, investir, colocar ela em condições ideais para o transporte. Temos também contrapartidas para obras na BR-232, toda a sua parte de duplicação. O Estado, inclusive, vai trabalhar o projeto de duplicação da BR-232 até Serra Talhada (Sertão)", disse.
Ele reafirmou que o plano é devolver a BR-232 ao governo federal, como já havia sido anunciado. Mas, segundo ele, a pedido do governo federal serão realizados projetos para a duplicação. "Mas até para a entrega ao governo federal, a gente tem que cumprir alguns passivos que ficamos de resolver."
RECURSOS PARA SEGURANÇA PÚBLICA
O secretário reforçou que o programa Juntos pela Segurança, em substituição ao Pacto pela Vida, será lançado no final de julho. Segundo ele, ao longo dos últimos meses a gestão se dedicou ao diagnóstico da situação da segurança no Estado.
Parte dos recursos da Caixa será destinado à requalificação das unidades policiais, compra de equipamentos e frota das polícias Militar e Civil, além de investimentos em inteligência policial.
"O Estado já vem fazendo isso. A governadora recentemente fez uma entrega significativa de coletes (balísticos), novos carros para a Polícia Militar, e tem trabalhado para fazer investimentos importantes. Nesse contrato com a Caixa, nós reservamos R$ 300 milhões, além de outro volume de recursos que o Estado vai colocar num grande programa de requalificação das condições de trabalho nas corporações nos próximos três anos e meio", disse.
