Para evitar possíveis irregularidades nas obras na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, nesta quarta-feira (20), a realização de uma fiscalização preventiva na refinaria da Petrobras.
A expectativa é que as obras, que foram paralisadas em 2015, sejam retomadas ainda no segundo semestre deste ano. Apesar de a Refinaria Abreu e Lima ter um débito milionário com a administração pública - há vários processos julgados pelo TCU -, a Rnest deve receber cerca de R$ 8 bilhões em investimentos, já incluídos no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
De acordo com o planejamento de obras, estão previstas a ampliação do "Trem 1" - primeiro conjunto de unidades que funciona desde 2014 -, além da construção de mais unidades dentro da própria Refinaria Abreu e Lima.
Em janeiro, durante visita à refinaria ao lado do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, destacou a importância da Rnest na modernização do parque de refino nacional e, mesmo sem citar à Lava Jato, fez questão de mencionar em tom de indireta para a operação que apontou possíveis denúncias de superfaturamento e corrupção na Rnest.
"Essa história de superação está nos inspirando a ser a segunda maior refinaria brasileira e a mais moderna do continente americano. Não é uma refinaria velha do fim do petróleo e feia. É a refinaria da volta por cima, do futuro e da virada", declarou Jean Paul Prates, se referindo ao presidente Lula, também alvo da Lava Jato, mas que conseguiu provar sua inocência.