Polícia Federal vai investigar denúncias contra Silvio Almeida

"Instauramos a Notícia Crime em Verificação ontem. A Corregedoria dará o encaminhamento para instaurar inquérito hoje" afirmou diretor-geral da PF

Publicado em 06/09/2024 às 9:43 | Atualizado em 06/09/2024 às 11:32

A Polícia Federal (PF) vai abrir um inquérito para investigar as denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. A informação foi confirmada, nesta sexta (6), à CNN Brasil pelo diretor-geral, Andrei Passos Rodrigues.

“Instauramos a Notícia Crime em Verificação ontem. A Corregedoria dará o encaminhamento para instaurar inquérito hoje”, afirmou.

A partir da abertura do inquérito, os envolvidos no caso devem ser chamados para prestar depoimentos. Ainda não se sabe quem ficará responsável pelo caso. 

DENÚNCIA

Ministro dos Direitos Humanos do governo Lula, Silvio Almeida foi denunciado à organização Me Too Brasil por suposta prática de assédio contra várias mulheres, inclusive a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco. De acordo com o portal Metrópoles, que entrou em contato com a associação que atende mulheres vítimas de assédio, foram relatados vários casos pelas vítimas que procuraram apoio na Me Too.

A associação não revela os nomes das mulheres que procuram atendimento, mas, segundo a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, no caso da ministra Anielle Franco, mais de 14 pessoas próximas a ela foram ouvidas confirmando confirmando os episódios de assédio.

O Ministério das Mulheres classificou as denúncias de assédio sexual como "graves". A pasta afirmou que qualquer tipo de violência e assédio contra mulher é "inadmissível" e não condiz com princípios da Administração Pública Federal.

"O Ministério das Mulheres reafirma que a prática de qualquer tipo de violência e assédio contra a mulher é inadmissível e não condiz com os princípios da Administração Pública Federal e da democracia. É preciso que toda denúncia seja investigada de forma célere, com rigor e perspectiva de gênero, dando o devido crédito à palavra das vítimas, e que os agressores sejam responsabilizados de forma exemplar", divulgou o ministério comandado por Cida Gonçalves.

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