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Justiça autoriza resgate de materiais de campanha de Mano Medeiros que teriam sido furtados por pessoas ligadas a Clarissa Tércio

Bases de concreto usadas para pendurar bandeiras de Mano estavam sendo pintadas na cor de Clarissa. Material foi encontrado em Cajueiro Seco.

Publicado em 10/09/2024 às 16:20 | Atualizado em 11/09/2024 às 8:54

A Justiça Eleitoral acatou um pedido da chapa de Mano Medeiros (PL), prefeito e candidato à reeleição em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, e expediu um mandado de busca e apreensão de materiais de campanha que foram extraviados e estavam em posse de militantes da adversária Clarissa Tércio (PP).

Os objetos em questão são bases de concreto usadas para pendurar bandeiras de campanha. Parte desse material estava em um terreno localizado no bairro de Cajueiro Seco, cujo portão contém adesivos da campanha de Clarissa.

No local, essas bases de concreto, que originalmente continham adesivos com o número de Mano Medeiros, estavam sendo pintadas de verde - cor utilizada na campanha de Clarissa - por um homem que usava uma camisa com o nome da candidata.

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Homem vestindo camisa de Clarissa Tércio pinta bases de concreto de Mano Medeiros - Cortesia

A equipe de Mano Medeiros diz que foram furtadas cerca de 500 bases de concreto de concreto que estavam espalhadas em vários pontos "estratégicos" da cidade. Os furtos teriam começado no início de setembro, de acordo com a denúncia.

Representantes da chapa do prefeito conseguiram ir até o terreno por conta própria na última segunda-feira (9) e fizeram o resgate de 200 bases de concreto e bandeiras, segundo contabilidade própria. Um homem que estava no imóvel teria aberto o portão e não teria demonstrado resistência.

Nesta terça-feira, após a emissão do mandado de busca, foram recuperadas mais 96 peças e 4 bandeiras, com apoio policial. Ainda não se sabe o destino das demais unidades apontadas pela chapa como desaparecidas.

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Bases de concreto sendo apreendidas - Cortesia

O mandado de busca foi expedido pela desembargadora a Karina Albuquerque. A magistrada entendeu que houve "ao menos, um extravio de material da coligação impetrante, que se encontra armazenado em imóvel estranho à sua campanha", e que esse extravio "impede a utilização dos artefatos, obstaculizando o livre exercício da propaganda" da chapa de Mano Medeiros.

A desembargadora autorizou uso da força policial para o cumprimento do mandado e determinou que o material fosse apreendido e devolvido à chapa de Mano Medeiros. Ainda não se sabe a quem o terreno pertence.

A Polícia Civil informou ao Jornal do Commercio que, até o último contato, a ocorrência ainda estava em andamento e não poderia divulgar detalhes.

Em nota, Clarissa Tércio afirmou que está sofrendo perseguição política e disse que as bases de concreto encontradas no imóvel fazem parte do acervo regular de campanha dela. A candidata também afirmou que, assim que forem notificados, seus advogados fornecerão esclarecimentos.

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