Dani Portela critica João Campos e reforça crença em apoio da esquerda do Recife: "esse eleitorado vai chegar no final"
Candidata do PSOL manteve o tom de críticas ao atual prefeito e candidato à reeleição e afirmou crença em crescimento na reta final
A candidata à prefeitura do Recife Dani Portela (PSOL) participou de sabatina, na tarde desta segunda-feira (16), na TV Nova Nordeste. Na entrevista, Dani voltou a criticar o atual prefeito e candidato à reeleição João Campos (PSB) e reforçou compromissos de campanha.
Quando perguntada sobre o apoio do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) ao candidato do PSB, mesmo em meio a tantos acenos por parte da candidata do PSOL ao PT, Dani criticou a postura do atual prefeito com Lula e se colocou como a candidata de esquerda da capital.
“O candidato João Campos, é como se ele não precisasse de ninguém. Ele abaixa as bandeiras de esquerda, como se ele não precisasse da esquerda, como se não precisasse do presidente Lula. Não é Lula pra vir aqui e fazer uma visita. É botar Lula no guia, na bandeira, no material, porque você tem o maior presidente da história fora da campanha de João Campos”, disse.
“Quando eu digo debates de esquerda, eu sou a candidata da esquerda e esse eleitorado vai chegar no final, sim, porque vai ver em mim a possibilidade de votar no que acredita”, complementou.
A candidata do PSOL voltou a criticar João, ao sugerir que o candidato do PSB está interessado nos votos da direita e da extrema-direita.
“Quem tá com mais de 70%, tem muito voto de bolsonarista aí. Então, com certeza, ele abaixa as bandeiras da esquerda para disputar o voto da direita e da extrema-direita. Em um debate, eu gostaria de perguntar, de novo, se o prefeito é de esquerda ou de direita. Da última vez, ele respondeu ‘eu sou gestor’. Você tem que ter um lado. Ele só responde com as questões práticas da cidade, da vida da cidade e tem fugido dos debates que são históricos para a gente”, criticou.
Políticas sobre drogas no Recife
Dani também detalhou sua visão sobre a questão das drogas, a qual destacou ser algo que precisa “ser debatido no âmbito da política e não da polícia”. Para a candidata do PSOL, é um problema que precisa ser enfrentado com seriedade na cidade.
“O debate é uma política séria de tratar a questão. É um problema de saúde pública, a gente precisa enfrentar isso dessa forma. Há um aumento da dependência química, muitas pessoas vivendo em vulnerabilidade extrema, em situação de rua. Eu não trato a questão da droga simplesmente prendendo aquela pessoa, eu preciso tratar a questão de saúde, dar rede de assistência”, disse.
A candidata do PSOL voltou a criticar os gastos da atual gestão da prefeitura em relação ao tema.
“Hoje o que é que a prefeitura, na gestão de João Campos, tem feito? Pega muito dinheiro e coloca nas comunidades terapêuticas, muitas com fim religioso. Pega o dinheiro público e em vez de investir no SUS, na atenção primária, em fortalecer os CRAS. Esses recursos tem que estar no poder público fortalecendo a rede de assistência à saúde e fortalecendo de assistência social, para que você mapeie primeiro quem é essa população”, complementou.