"Queremos escolas com mais intérpretes de Libras", diz Dani Portela na XIX Passeata dos Surdos

Dani Portela enfatiza acessibilidade na XIX Passeata dos Surdos e a representatividade feminina na política durante o lançamento da Carta Manifesta

Publicado em 26/09/2024 às 18:08

A candidata ao cargo de prefeita do Recife, Dani Portela (PSOL), participou da XIX Passeata dos Surdos nesta quinta-feira (26).

“Estamos aqui, no Dia Nacional da Comunidade Surda, para apoiar e lutar por acessibilidade e por inclusão em todas as políticas públicas. Nós queremos mais acesso à saúde, para que uma pessoa surda seja atendida numa emergência a qualquer momento. Queremos escolas com mais intérpretes de Libras e salas bilíngues também nos cursos técnicos de formação”, afirmou.

A caminhada iniciou na Avenida Conde da Boa Vista e seguiu até a Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE). O evento, organizado pela Associação de Surdos de Pernambuco (ASSPE), teve como tema do ano “Lutar e Progredir em Conquistas na Sociedade”.

No seu programa de governo, a candidata propõe assegurar o que chama de “correto atendimento” às pessoas com deficiência nos equipamentos públicos de educação e saúde. Também pretende promover acessibilidade cultural, de lazer, física e comunicacional, por meio de serviços de audiodescrição, intérpretes de Libras e alertas de hipersensibilidade sensorial.

Dani reforça propostas em evento voltado a mulheres negras

Na noite da última quarta-feira (25), a candidata participou do lançamento da Carta Manifesta da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, voltada para as eleições de 2024. O evento ocorreu na sede do SOS Corpo - Feministas pela Democracia e contou com a presença de lideranças dos movimentos negros e feministas do Nordeste.

A candidata abriu sua fala destacando a questão das mulheres na política, enfatizando que “o sistema eleitoral não foi criado para colocar negras e negros em espaços de decisão. Eles foram criados para perpetuar os mesmos grupos e partidos no poder”.

Dani ressaltou a importância de compromissos para garantir a integridade das cotas raciais, citando experiências de candidaturas em que “pessoas que se declararam brancas passaram a se declarar negras, para poderem ocupar essas vagas”.

Ela defendeu uma reforma profunda no sistema eleitoral, afirmando: “Nós não queremos cotas. Somos a maioria e queremos a totalidade das vagas. Hoje, as mulheres que chegam a se eleger ficam em torno de 17%, e apenas 3% são negras”. 

Além disso, Dani apresentou propostas voltadas para a população negra, incluindo a criação da Secretaria Municipal de Igualdade Racial e a atualização do Plano Municipal de Igualdade Racial. Destacou que, se eleita, atualizar e implementar o Plano Municipal de Igualdade Racial, transformando-o em lei.

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