Ao vivo: acompanhe segundo dia de julgamento do caso Marielle Franco
Sessão foi suspenso após mais de 10 horas de depoimentos, julgamento será retomado nesta quinta-feira (31) às 8h; acompanhe ao vivo
O julgamento do caso Marielle Franco foi suspenso na quarta-feira (30) após mais de 10 horas de depoimento. A sessão será retomada nesta quinta-feira (31) às 8h e deve resultar na sentença dos assassinos Ronnie Lessa e Élcio Queiroz acusados de matar a ex-vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018.
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Durante o primeiro dia de julgamento, além dos réus Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, foram ouvidas nove testemunhas, sendo sete indicadas pelo Ministério Público estadual e duas pela defesa de Ronnie Lessa. A defesa de Élcio Queiroz desistiu de ouvir testemunhas.
Confira os depoentes:
- Fernanda Chaves, assessora de Marielle;
- Marinete da Silva, mãe de Marielle;
- Monica Benicio, viúva de Marielle;
- Ágatha Arnaus, viúva de Anderson;
- Carlos Alberto Paúra Júnior, agente da Polícia Civil do Rio;
- Luismar Cortelettili, agende da Polícia Civil do Rio;
- Carolina Rodrigues Linhares, perita criminal;
- Marcelo Pasquaetti, agente federal;
- Guilhermo Catramby, delegado da PF.
Depoimento dos réus
Após o depoimento das testemunhas, os réus foram ouvidos por videoconferência. Ronnie Lessa foi primeiro a se pronunciar. Ele disse que receberia R$ 25 milhões para cometer o crime.
“Eu fiquei cego; minha parte eram R$ 25 milhões. Podia falar assim: era o papa, que eu ia matar o papa, porque fiquei cego e reconheço. Vou cumprir o meu papel até o final, e tenho certeza absoluta de que a Justiça será feita”, afirmou o ex-policial.
Em trecho de depoimento, Lessa pediu perdão aos familiares das vítimas que estavam presentes. “Eu gostaria de aproveitar a oportunidade e, com absoluta sinceridade e arrependimento, pedir perdão às famílias do Anderson, da Marielle, da minha própria e a toda a sociedade pelos atos que nos trazem até aqui”, afirmou Lessa.
Já Élcio Queiroz foi o último a depor na sessão. Ele disse não ter conhecimento prévio do que iria acontecer.
"No momento em que eu percebo que era um homicídio, foi quando ele estacionou e falou: agora você tem que me ajudar. Ele vai para trás eu olho no retrovisor e ele [Lessa] está se equipando, ele tira da bolsa a submetralhadora e coloca um silenciador”, afirmou.