Pablo Marçal é indiciado pela PF por laudo falso contra Boulos nas eleições

O ex-candidato a prefeito foi indiciado por crime de uso de documento falso, após publicar laudo médico falso contra Guilherme Boulos (PSOL)

Publicado em 08/11/2024 às 15:33 | Atualizado em 08/11/2024 às 15:34

*Com informações do Estadão

O ex-candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), foi indiciado pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (8), na capital paulista, pelo crime de uso de documento falso, no caso do laudo falso divulgado contra Guilherme Boulos (PSOL), no dia 4 de outubro.

Pablo Marçal prestou depoimento por cerca de 3 horas, na sede da Superintendência Regional da PF, em São Paulo, onde negou qualquer envolvimento com o documento e afirmou que a publicação do laudo falso foi de responsabilidade da sua equipe de campanha. As investigações iniciaram no dia 5 de outubro, um dia após a publicação do material.

Tanto a Polícia Civil de São Paulo como a Polícia Federal concluíram que o laudo divulgado por Marçal é falso. A filha do médico que assina o documento chegou a entrar com ações na Justiça pedindo que a candidatura de Marçal fosse derrubada e que o coach pague uma indenização de R$ 150 mil.

O relatório da Polícia Federal será enviado para o Ministério Público Eleitoral, sob jurisdição do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), onde será analisada a possibilidade de denúncia.  

Relembre o caso

No dia 4 de outubro, dois dias antes do primeiro turno das eleições para a prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal publicou nas redes sociais um documento que descrevia uma suposta internação de Guilherme Boulos por uso de cocaína. 

No mesmo dia, a Justiça Eleitoral determinou que a postagem fosse removida das redes e ordenou a suspensão dos perfis do candidato. A campanha de Boulos protocolou na Justiça um pedido de prisão e cassação da candidatura de Marçal.

No dia seguinte à publicação do laudo, a filha do médico, a oftalmologista Aline Garcia Souza, afirmou que o pai jamais havia trabalhado na clínica mencionada no documento e que jamais realizou atendimento ou emissão de laudo a pessoas com dependência química, por ter como especialidade a hematologia.

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