Defesa de Braga Netto pede para Moraes reconsiderar prisão do general

As investigações da PF apontam que Braga Netto faria parte do núcleo "responsável por incitar militares a aderir ao golpe de Estado"

Publicado em 24/12/2024 às 7:58
Google News

A defesa do general Braga Netto solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconsiderar a prisão do militar. Os advogados pedem uma alternativa e justificam que o ex-ministro não tem histórico de desobediência.

"O general Netto é militar da reserva, sem histórico de desobediência a ordens judiciais nem condutas que justifiquem a adoção de uma medida tão severa. Além disso, inexiste qualquer indício concreto de que ele represente risco à ordem pública, à aplicação da lei penal ou que comprometa as investigações já finalizadas", alega a defesa.

O ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) está preso desde o sábado (14). A prisão se deu no âmbito das investigações que apuram uma tentativa de golpe após a eleição de 2022.

BRAGA NETTO EM INVESTIGAÇÃO

As investigações da PF apontam que Braga Netto faria parte do núcleo "responsável por incitar militares a aderir ao golpe de Estado" e do núcleo de "oficiais de alta patente com influência e apoio a outros núcleos". O ex-ministro já comandou o Ministério da Defesa e a Casa Civil, no governo Bolsonaro, sendo general da reserva do Exército.

Além do mandado de prisão, a operação cumpre dois mandados de busca e apreensão, além de uma medida cautelar diversa da prisão, contra indivíduos acusados de dificultar a produção de provas durante a instrução processual penal. Os mandados estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro e em Brasília, com o apoio do Exército.

Braga Netto é apontado pela Polícia Federal como uma figura central na tentativa de golpe. Segundo o relatório do inquérito, as chamadas "medidas coercitivas" previstas no plano Punhal Verde e Amarelo, que incluíam o planejamento operacional para ações de Forças Especiais, foram elaboradas para serem apresentadas ao general. Entre outras ações, o plano previa o assassinato de Lula e Alckmin, além da prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

"Os elementos probatórios obtidos ao longo da investigação evidenciam a sua participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do estado democrático de direito, inclusive na tentativa de embaraçamento e obstrução do presente procedimento", diz a PF.

*Com informações da CNN Brasil 

Saiba como acessar nossos canais do WhatsApp


#im #ll #ss #jornaldocommercio" />

Tags

Autor