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Após reunião com Lula, MST chama de 'ridículo' o ritmo da reforma agrária do governo

Movimento classifica como "insuficiente" a meta de 20 mil famílias para 2025 e cobra a inclusão de 65 mil famílias no próximo ano

Por Estadão Condeúdo Publicado em 31/01/2025 às 12:02 | Atualizado em 31/01/2025 às 12:11

Representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) classificaram como "ridículo" o ritmo da reforma agrária do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, depois de reunião com o presidente no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, 30. Eles falaram a jornalistas na sede do governo logo depois da conversa com o petista.

"Não queremos discutir formas de como será o processo de reforma agrária, nós queremos que resolva o problema da terra. Nós não aceitamos na próxima reunião ou ao final deste ano ter um número tão ridículo como esse, 1.500 famílias por ano", disse João Paulo Rodrigues, um dos coordenadores nacionais do MST.

"O ministro do Desenvolvimento Agrário Paulo Teixeira apresentou um compromisso de 20 mil famílias para 2025. Nós achamos pouco. Queremos o compromisso de 65 mil famílias para 2025", declarou Rodrigues. O MST pediu a demissão de Teixeira há alguns meses. Segundo Rodrigues, porém, eventuais mudanças no ministério não foram discutidas na reunião.

O PT de Lula e o MST têm uma relação antiga, e com altos e baixos. O grupo evita uma entrada de cabeça na legenda por receio de perder autonomia. Integrantes do movimento costumam apoiar o petista. Quando disputam eleições, normalmente se filiam ao partido do presidente.

Também parte da coordenação nacional do MST, Ceres Hadich afirmou que o presidente provavelmente terá um compromisso com integrantes do movimento nas próximas semanas. "Até a primeira quinzena de fevereiro ele deve visitar algum acampamento de reforma agrária", disse ela. Os integrantes do movimento citaram locais em Pernambuco e Minas Gerais como possíveis áreas a serem visitadas. O Planalto até o momento não confirmou oficialmente essa viagem.

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