O sorriso estampado no rosto da brigada do Zen, durante a festa de inauguração da casa para convidados, na última terça-feira, denunciava o entusiasmo da equipe com a chegada da nova unidade do restaurante japonês a Olinda. A abertura da operação ao público, marcada para este sábado, pontua não apenas a expansão da rede, que já conta com unidades de rua em Piedade e no Espinheiro, além de temakeria e delivery, mas também uma nova fase, que mira na expansão do grupo e em novos modelos de negócio.
“Nós tínhamos um projeto de crescimento, que inclui a abertura da marca para franquias, previsto para 2020. Mas veio o convite do Patteo e enxergamos nele uma ótima oportunidade de antecipar os planos e inaugurar a nossa primeira unidade em um shopping”, destaca o empresário Renato Catel.
Com espaço amplo que comporta 135 pessoas em dois pisos mais varanda externa, o Zen Patteo estreia o espaço gourmet do centro de compras, com restaurantes que vão operar em horários diferenciados. “Quem ganha é o morador de Olinda, que vai ficar mais na cidade”, comemora a superintendente do mall, Cristina Veiga.
O público de Olinda também vai experimentar serviços exclusivos no novo Zen: o primeiro é o espaço de take-away,uma vitrine self-service onde o cliente escolhe o produto que quer, paga e leva para casa. Outro é o balcão de sushis, com cadeiras altas e visão para o preparo dos sushis e sashimis. O espaço também conta com adega climatizada, jardim vertical e decoração intimista. O menu vai seguir a proposta das outras casas, com foco principal no rodízio.
“Seguimos com o cardápio que o cliente já conhece e valorizando as criações dos nosso chef consultor, Márcio Fushimi, e convidados como César Santos, Kiko Selva, Felipe Barreto e Auricélio Romão”, destaca Eda Rocha, sócia da casa.
O restaurante Zen nasceu no ano 2000, numa época em que a comida japonesa ainda era um gosto em expansão do recifense. Abriu no local onde antes funcionava o delivery do Kojima, na Rua da Hora, Espinheiro, onde funciona até hoje – não raro com filas de espera.
E foi assim desde os primeiros tempos, quando o cardápio era exclusivamente à la carte. “Era pequeno, de fácil operação, inovador. Foi uma receita de sucesso”, lembra Renato Catel. Em 2005, a casa precisou passar por uma reformulação e foi quando, entrando por madrugadas, os sócios decidiram, não sem relutar, abrir em esquema de rodízio. “Éramos contra aqueles mesões de buffet. Então decidimos inovar e oferecer uma operação onde o cliente fazia o pedido e o prato era montado na hora”.
Não demorou muito a pegar. Renato conta que nem tudo eram flores. No finado Orkut chegaram a abrir um fórum para reclamar da demora – outros entravam como defensores dizendo que preferiam esperar 15 minutos e receber um produto de qualidade. Os comentários foram levados em consideração – até hoje são – e fizeram com que os sócios procurassem sempre aprimorar o serviço com foco na qualidade do produto. “Nosso custo é alto, porque precisamos ter gente para soltar pratos de rodízio como se fosse a la carte”, pontua.
A experiência também fez com que a rede ampliasse a oferta de serviços, abrindo, em 2010, dois restaurantes iguais, um na frente do outro. “Sempre que ia a Natal observava o Camarões e dizia, por que não?”, conta Eda Rocha. No lugar de amenizar as filas, elas aumentaram. Em 2013, a pedidos, os sócios abriram a primeira unidade na Zona Sul, em Piedade, com estrutura para receber 300 pessoas. “O Zen Piedade ficou pronto na boca da crise, em 2014”, recorda Renato, pontuando que nesta época também veio o boom das temakerias. Os anos de 2016 e 2017 foram de readequação, a segunda casa do Espinheiro deu lugar ao delivery e ao escritório operacional e a equipe foi remodelada. Passada a tormenta, os empreendedores se sentiram prontos a retomar o ritmo de crescimento do grupo, procurando ganhar, inclusive, novos públicos. No Carnaval, Eda conta que pretende experimentar o formato “madrugão”, abrindo a temakeria do Espinheiro até mais tarde.