BELO HORIZONTE: O Coletivo Alagoas levou o rio São Francisco para o Minas Trend, quarta (23), com projeção das águas e um colorido que só o Nordeste tem. Onze marcas alagoanas de acessórios e vestuário compuseram o desfile, feito de cores supervibrantes (destaque para os tons de alaranjado e cor-de-rosa) e artesanato alagoano - do filé a tramas de rede de pesca e o bordado boa noite, tipo de renda dificílima (e premiada), executada por mulheres da Ilha do Ferro - povoado às margens do Velho Chico, que serviu de inspiração para a coleção. A Ilha do Ferro, a propósito, é o nome e a inspiração também da sala da arquiteta alagoana Clarissa Lopes na CasaCor PE 2019.
As figuras criadas pela artista Camile Souza Dias, transportadas como pinturas para algumas das peças, deram uma beleza lúdica, uma graça especial.
Foi encantador ver a coleção e toda a sua vibração, ao mesmo tempo que foi difícil, quando o Nordeste enfrenta o óleo que toma o mar, as praias e ameaça chegar aos rios, sem que uma solução efetiva seja tomada.
Formado por associados do Sindicato das Indústrias do Vestuário, da Confecção de Roupas íntimas e da Fabricação de Bijuterias e Joalheria do Estado de Alagoas, o Coletivo Alagoano desfilou pela terceira vez no Minas Trend. Na primeira, apresentou as "lagoas das Alagoas", e no penúltimo, inspirou-se em "Vidas Secas", obra do escritor alagoano Graciliano Ramos.
Confira looks do desfile:
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Repórter viajou a convite da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg)