Famoso nos Estados Unidos, o programa 'Ellen DeGeners Show' virou alvo de polêmica nos últimos dias. Isso porque, em uma reportagem publicada pelo BuzzFeed, diversos ex-funcionários denunciaram as condições de trabalho. A repercussão foi tanta que o estúdio Warner iniciou uma investigação interna sob as acusações de maus tratos e assédio.
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A reportagem do Buzzfeed News foi publicada há quase um mês, e reuniu onze funcionários no total. Sendo eles um atual e dez antigos, todos deram depoimentos chocantes sobre o ambiente de trabalho. Todos eles preferiram se manter anônimos com medo da represália que poderiam sofrer.
Entre os relatos, uma mulher negra afirmou ter sofrido com o racismo por parte da equipe do programa. "Sempre que eu trazia à tona um problema para o meu chefe branco; ele falava sobre alguma história aleatória de um amigo negro que ele tinha e como eles conseguiram superar as coisas. Ele usava esse amigo negro como um modo de dizer 'eu entendo sua luta', mas era tudo uma m*rda de performance"; declarou a denunciante. Ela ainda conta que descobriu, com mais de um ano de empresa, que ganhava menos do que outro colega de trabalho. Os dois desempenhavam a mesma função, mas a outra pessoa recebia o dobro do salário.
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Um elemento comum entre os depoimentos é que todos os funcionários afirmam que aquele é um ambiente tóxico. Na prática, o 'The Ellen DeGeneres Show' se divide em dois grupos; sendo eles os que acham que está tudo bem e os que reconhecem todo o problema. O primeiro é formado majoritariamente pelos produtores do programa.
A onda de denúncias cresceu e rendeu outras reportagens que somaram 36 funcionários insatisfeitos. Dessa vez, pessoas anônimas relataram que produtores e chefes de cargos alto do programa cometiam assédios.
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Entre os nomes, Kevin Leman, o roteirista chefe, recebeu mais de 12 acusações de ex-membros. Ele, na verdade, era conhecido por fazer comentários sexuais explícitos no ambiente de trabalho. Jonathan Norman e Ed Glavin, ambos produtores, também foram citados.
Desde a primeira publicação, o estúdio da Warner abriu um inquérito para apurar os relatos. A investigação chegou ao fim no último ia 30 de julho, com um comunicado da empresa. "Nós identificamos várias mudanças na equipe junto com medidas apropriadas", declarou em nota.
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"O Ellen DeGeners Show é (…) um lugar que traz positividade para o mundo. E apesar de nem todas as acusações terem sido corroboradas; nós estamos desapontados que os primeiros achados da investigação indicaram algumas deficiências ligadas à gestão."
Muitos ex-funcionários acusaram a apresentadora de acobertar o que acontece nos bastidores. Na verdade, a frase dita por um deles explica a situação: "Ela sabe. Ela sabe que as coisas acontecem, mas não quer ouvir". Nos depoimentos, muitos citaram que Ellen DeGeners não costumava se envolver com os assuntos da equipe.
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No mesmo dia em que a Warner encerrou as investigações, Ellen publicou uma carta aberta aos funcionários. O posicionamento foi publicado pelo 'The Hollywood Reporter'.
"Obviamente, algo mudou [no programa]… E por isso, eu peço desculpas", declarou. "Qualquer um que me conhece sabe que isso é o oposto do que eu acredito e do que eu esperava no nosso programa". Para Ellen, as denúncias não provam que ela não cumpre com os seus ideais de respeito e igualdade.
Apesar disso, ela assumiu a responsabilidade. "Nós crescemos exponencialmente, eu não tenho conseguido estar no topo de tudo. Precisei delegar alguns trabalhos a outros, que sabiam como eu gostaria que fossem feitos. Claramente, alguns não fizeram isso", continuou.
A partir de agora, Ellen DeGeners anuncia que medidas foram tomadas para resolver os problemas no trabalho. "Estou comprometida a assegurar que isso não vai acontecer novamente", garantiu.