Drica Moraes recorda primeira conversa com seu doador de medula óssea: "Você salvou a minha vida"

ROMERO RAFAEL
Publicado em 20/10/2020 às 20:30
Drica Moraes e Adilson Rodrigues, homem que doou medula óssea para a atriz - Foto: reprodução @oficialdricamoraes


Drica Moraes é a entrevistada do "Conversa com Bial" desta terça-feira (20). A atriz, hoje com 51 anos, conta sua saga de cura desde que foi diagnosticada com leucemia, aos 41 anos, até se submeter a transplante de medula óssea, que era a sua única esperança de continuar viva.

Em tratamento à doença, a atriz, primeiro, passou por quimioterapia - quando vivenciou um isolamento que ela compara a este, da pandemia do coronavírus - e depois confirmou-se a necessidade do transplante de medula. Entre seus seis irmãos, nenhum era compatível para a doação, e então o doador, Adilson Rodrigues, foi encontrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), um banco mantido pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) com doadores voluntários de todo o País.

Drica Moraes e Adilson Rodrigues só se conheceram cinco anos após a doação e o transplante. De acordo com o protocolo do Inca, doador e beneficiado só podem saber da identidade do outro e estabelecer contato alguns anos depois, se ambos manifestarem interesse, num procedimento que é mediado pelo Redome.

"Eu disse 'Oi'. Ele disse 'Oi, fia'. Não tinha roteirista para escrever esse diálogo, eu não sabia o que dizer, o que você ia falar para uma pessoa dessas? Ele falou 'Você tá bem, fia?'. Eu disse 'Eu tô bem, você salvou minha vida. Qual o seu nome?'", recorda Drica Moraes sobre a primeira conversa com Adilson Rodrigues, na entrevista a Pedro Bial.

Dez anos

Drica Moraes passou pelo transplante de medula óssea há dez anos. Em junho, a atriz publicou uma foto sua com Adilson Rodrigues, a quem chama de irmão:

"Há exatos 10 anos este homem me salvou a vida. Em 23 de junho de 2010 eu estava na corda bamba e, graças à sua doação de medula, estou aqui hoje. Obrigada, Adilson! Te devo minha vida, irmão. Pudemos nos conhecer somente 5 anos após o procedimento. Não sabíamos quem éramos antes deste encontro. Hoje nos falamos quase que diariamente. Estou toda arrepiada."

Seja doador

A probabilidade de se encontrar uma pessoa compatível para o transplante de medula óssea chega a ser de uma pessoa em 100 mil, ou mais. Em Pernambuco, para se tornar doador de medula óssea basta procurar o Hemope. O procedimento é rápido: consiste na coleta de uma pequena quantidade de sangue (como num exame para quantificar a taxa de glicose) e o fornecimento de informações pessoais para o cadastro no banco de doadores.

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