"Me arrependo de ter feito campanha, mas não de ter votado em Bolsonaro", diz Eduardo Costa

O cantor Eduardo Costa, um dos maiores apoiadores públicos de Bolsonaro nas Eleições 2018, disse, numa entrevista ao programa "Morning Show", da rádio Jovem Pan, que se arrepende de ter feito campanha para o então candidato à Presidência da República. No entanto, contou que não está arrependido de ter votado nele. Ou seja, o arrependimento de Costa tem a ver, talvez, com a sua imagem pública atrelada ao atual presidente.

Ao jornalista Leo Dias, colunista do site Metrópoles, Eduardo Costa disse que não conseguiria dar uma nota para Bolsonaro enquanto presidente; disse que acreditou no jeito dele, e por isso votou, mas que ele não conseguiu fazer muita coisa e ainda teria sido prejudicado pela pandemia:

"Eu acho que que na época que o Bolsonaro estava se candidatando, eu acreditei no jeito dele. Mas ele é um cara bom, não conseguiu fazer muita coisa e ainda veio a Covid-19 para acabar com tudo. Depois disso, cabe a nós avaliarmos o que foi bom e o que foi ruim e assim saber se devemos escolher outra pessoa ou não. Mas, hoje, eu não posso fazer uma avaliação. Se fizesse isso, seria muito precipitado."

Arrependimento de ter votado

Nos últimos dias, outro artista que nas Eleições 2018 apoiou e votou em Bolsonaro, o cantor e compositor cearense Raimundo Fagner, teceu um tapete de críticas ao presidente que ajudou a eleger:

"Não aprovo a maneira como ele [Bolsonaro] conduz o país. Parece que está em surto, um psicólogo podia dar uma força [risos]. Tenho respeito pelo Tarcísio [Gomes de Freitas], ministro da Infraestrutura; para Paulo Guedes, não há como não tirar o chapéu. Mas esse deboche com que Bolsonaro se dirige à nação é inadmissível. Não acredito no que diz. Tenho amigos nessas queimadas pelo Brasil, gente na Defesa Civil de Brumadinho, Mariana… Para quem coloca ‘votou em Bolsonaro’ no meu Instagram, quero dizer: votei para que tocasse o Brasil, não para falar besteira."