Qual o perfil da empregada doméstica no Brasil? Não precisa pensar muito para saber que a maioria dessas profissionais são mulheres negras e, geralmente, periféricas. Esse é um retrato do Brasil que vem desde tempos coloniais até os dias de hoje. Nesta terça (27), inclusive, é celebrado o Dia da Empregada Doméstica; que com muita luta vem conquistando seus direitos trabalhistas como qualquer outra profissão.
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Na ficção, a profissão é retratada de maneira mais humorística ou como o alívio cômico das produções. Ainda assim, trazer essa vivência para TVs e cinemas é um ponto de partida para as condições de trabalho dessas mulheres. Por isso, que tal lembrar de algumas das domésticas mais marcantes?
Dona Lurdes, de 'Amor de Mãe'
Até o começo de abril nas teledramaturgia brasileira, Dona Lurdes marcou o público com o seu carisma e afetividade. Ela foi protagonista da novela 'Amor de Mãe', da Globo, e interpretada por Regina Casé. Na trama, ela vive a tradicional empregada doméstica na casa de famílias ricas enquanto busca pelo filho Domênico (Chay Suede).
Zezé, de 'Avenida Brasil'
Como não lembrar de Zezé, a funcionária da casa de Carminha (Adriana Esteves)? A personagem de Cacau Protásio conquistou o público de 'Avenida Brasil'. Na exibição da novela, ela protagonizou a cena icônica de "Eu quero ver tu me chamar de amendoim".
Marinete, de 'A Diarista'
'A Diarista' foi uma das primeiras obras da ficção atual a narrar a vivência das empregadas doméstica no Brasil. Com muito humor, a trama conta história de Marinete, vivida por Claudia Rodrigues, que vive metendo em confusões. O elenco também conta com Dira Paes e Sérgio Loroza.
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As Empreguetes, de 'Cheias de Charme'
Humor, sucesso e glitter. Essa foi a combinação que deu origem às três "empreguetes" da novela 'Cheias de Charme', da Globo. O trio era composto por Taís Araújo, Leandra Leal e Isabelle Drummond, que trabalhavam como domésticas. Porém, depois de se unirem, Penha, Rosário e Cida formaram um grupo musical de sucesso na novela e entre o público.
Mammy, de 'E o Vento Levou'
Saindo as obras brasileiras, Hattie McDaniel foi responsável por um marco na história do cinema e do movimento negro. Ela foi a primeira atriz negra a receber uma estatueta do Oscar, em 1940.
A atriz foi condecorada pelo seu papel como Mammy, a empregada doméstica do filme "E o Vento Levou". A personagem era quem cuidava e criav Scarlett O'Hara (Vivien Leigh), sob os estereótipos da profissão.
Além disso, Hattie foi a primeira afro americana a ser convidada para a cerimônia. Ela precisou de uma autorização para comparecer ao evento, já que ainda existia a lei de segregação racial na Califórnia. Sentando em uma mesa ao fundo, distante dos demais, a atriz ganhou o Oscar e pode subir ao palco para fazer seus agradecimentos.
Cleo, de 'Roma'
Falando em Oscar, o retrato das empregadas domésticas não só como profissionais mas como "parte da família" foi o tema do filme 'Roma'. A produção de Alfonso Cuarón venceu a estatueta de Melhor Filme Estrangeiro, contando a história da doméstica Cleo, que vive na Cidade do México nos anos 70.
Val, de 'Que Horas Ela Volta?'
De uma maneira duramente realista, a experiência de diversas empregadas domésticas foi retratada em 'Que Horas Ela Volta?'. O longa de 2015 traz Regina Casé como a personagem principal Val. Pernambucana, ela se muda para São Paulo para poder proporcionar melhores condições para a filha Jéssica (Camila Márdila).
Anos depois, Jéssica se muda para SP e é recebida pelos patrões de Val, mas estremece as relações ao conviver com a família.