O teatro pernambucano perdeu na noite dessa quarta-feira (16) Carlos Reis. O diretor artístico do espetáculo Paixão de Cristo de Nova Jerusalém faleceu em casa aos 84 anos, vítima de leucemia, doença contra a qual lutava há sete anos. Nos últimos meses, ele ficou sob cuidados médicos em sua residência.
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Carlos Reis atuava como diretor do espetáculo teatral desde 1977, ao lado do também diretor Lúcio Lombardi. Ele trabalhou no clássico espetáculo até 2019, mais recente edição da Paixão de Cristo. Desde então, a apresentação está suspensa por causa da pandemia de Covid-19.
Além do trabalho na direção, ele viveu Jesus entre 1969 e 1977. Ele também participou da fundação da Sociedade Teatral de Fazenda Nova, por Plínio Pacheco, idealizador e construtor da cidade-teatro de Nova Jerusalém.
“Carlos Reis, de forma brilhante, deixou registrado nos anais da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém uma trajetória marcada pelo talento, competência, dedicação e lealdade. Todos os que fazem a STFN expressam a mais profunda gratidão por todo o legado deixado por ele Reis na dramaturgia pernambucana e pelo privilégio de ter convivido com um ser humano tão especial”, comentou Robinson Pacheco, presidente da Sociedade Teatral de Fazenda Nova.
Além da Paixão de Cristo, o ator trabalhou em mais de 50 peças, chegando a fazer trabalhos para televisão e alguns filmes. Em 1969, foi premiado com o Samuel Campelo de Melhor Ator, no Recifem pela sua atuação em O melhor juiz – O rei”, de Lopes de Vega, sob a direção de Rubem Rocha Filho.
Carlos Reis também foi autor do livro Meio século de Paixão (2001) e coautor do Luiz Mendonça - Teatro é festa para o povo, publicado em 2005 junto com Luís Augusto Reis.