Eduardo Leite (PSDB) se assumiu gay nessa quinta-feira (1), no Conversa com Bial. Nas redes, houve quem celebrasse o posicionamento do governador do Rio Grande do Sul. Parte da comunidade LGBTQIA+, porém, demonstrou não ter memória curta e o criticou pelo apoio a Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018. Um dos críticos foi Jean Wyllys.
O ex-deputado pelo PSOL, que deixou o país e o mandato após sofrer ameaças de morte, afirmou que não há o que se comemorar pela comunidade LGBTQIA+, uma vez que Eduardo Leite fez campanha junto com Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.
"Feministas de minha timeline, respondam-me: quantas de vocês se sentem obrigadas a se identificar e aplaudir a presença de Damares na política pelo simples fato de ela ser mulher como vocês? Os héteros de fora da comunidade LGBTQ querem nos obrigar a aplaudir gay bolsonarista!", argumentou Jean Wyllys no seu Twitter.
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Ao declarar voto em Bolsonaro, Leite chegou a mostrar ressalvas ao pensamento do então candidato, mas surfou na onda do bolsonarismo e conseguiu vencer o então governador José Ivo Sartori (MDB), que lutava pela reeleição.
É esse o ponto usado na crítica do ex-BBB Jean Wyllys. Para o ex-deputado, ser gay não o torna, necessariamente, representante da comunidade LGBTQIA+.
"Enquanto o gay recém-saído do armário não expressar por atos e novas palavras que se arrepende de ter apoiado alegre e explicitamente um homofóbico racista que se revelou genocida, sua saída do armário não será, para mim, fonte de alegria acrítica. Não adianta", disse Jean Wyllys.