REPRESENTATIVIDADE

Quinn é a primeira pessoa trans não-binária a ganhar medalha nas Olimpíadas

Atleta canadense ganhou ouro junto com o time de futebol feminino

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Romero Rafael

Publicado em 06/08/2021 às 17:00 | Atualizado em 07/08/2021 às 0:11
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Com a vitória do Canadá sobre a Suécia, no futebol feminino, nas Olimpíadas de Tóquio, nesta sexta-feira (6), Quinn, que recomenda o uso de pronomes neutros para lhe fazer referência, se torna a primeira pessoa trans não-binária a ostentar uma medalha olímpica. E de ouro!

Quinn, que também responde pelo apelido Quinny, se afirmou como pessoa trans e não-binária em setembro de 2020. À CBC Sports, antes mesmo de ganhar a medalha, se alegrava como quem já conseguira uma vitória, ao falar que tem "recebido mensagens de jovens dizendo que nunca viram uma pessoa trans no esporte antes”.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu em 2004 que atletas trans competissem. No entanto, nas Olimpíadas de 2016, no Rio, havia nenhum.

Uma pessoa transgênero, ou transexual, é aquela cuja identidade de gênero difere da que lhe designaram no nascimento atrelada ao órgão sexual. Sabe-se hoje que a identidade de gênero não está associada à vagina ou ao pênis, mas se trata de como a pessoa quer se expressar, independentemente da genitália.

Não importa aqui saber a que gênero designaram Quinn no nascimento. Importa, sim, sua afirmação.

Ao afirmar-se uma pessoa não-binária, Quinn diz que não se identifica como mulher nem como homem. Ou seja, sua identidade de gênero, como se sente e quer se expressar, está para além do binarismo masculino-feminino, em que uma identidade exclui a outra.


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