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Quatro artistas desautorizam Sérgio Reis a usar gravações em seu próximo disco; saiba quem são e entenda o caso

Áudio de cantor com incitações antidemocráticas o tornaram alvo da Polícia Federal

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Romero Rafael

Publicado em 22/08/2021 às 12:55 | Atualizado em 22/08/2021 às 15:33
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Desde o áudio incitando caminhoneiros e produtores de soja a irem a Brasília tumultuar e pressionar o Senado para o impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), inconformado com a derrubada do voto impresso, Sérgio Reis, cantor e ex-deputado federal, de 81 anos, colhe frutos bastante azedos. O artista, aliás, foi alvo de mandado de busca e apreensão por ameaça à democracia.

A repercussão fez Sérgio Reis, em pouco tempo, transitar de um homem de fala valente e antidemocrática - e, por isso, condenável, ainda mais para um artista e político -, para um homem deprimido e adoentado, de acordo com a família. Houve baixas no tom de voz e na saúde.

E baixas também no próximo disco dele, que estava quase finalizado. Até então, pelo menos quatro artistas voltaram atrás e desautorizaram o uso de suas gravações: Guarabyra, Guilherme Arantes, Maria Rita e Zé Ramalho.

Guarabyra foi o primeiro a tirar sua voz do disco de Sérgio Reis. Sairia dueto deles na música "Sobradinho". Depois, Guilherme Arantes proibiu dueto deles em "Planeta Água". Em seguida, Maria Rita, com quem  seria ouvido cantando "Romaria". Por fim, Zé Ramalho em "Admirável Gado Novo".

“Agora em 2021, a gravação perdeu o sentido e tanto o compositor quanto sua editora não autorizarão a utilização da obra”, informou Zé Ramalho, numa nota oficial, sobre gravação que ele fez com Sérgio Reis em 2019.

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