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Marilyn Manson: entenda as acusações de abuso sexual, violência e tortura contra o cantor

O cantor Marilyn Manson foi oficialmente processado por quatro mulheres que o acusam de tortura física, abuso sexual e tortura psicológica

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Lívia Maria

Publicado em 16/11/2021 às 16:58 | Atualizado em 16/11/2021 às 17:01
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Há anos que o polêmico cantor Marilyn Manson enfrenta publicamente acusações de abuso sexual e agressão, mas neste ano de 2021 as coisas ficaram ainda piores para o artista. Tudo porque em fevereiro, a atriz Evan Rachel Wood publicou em suas redes sociais um relato no qual contava ter sido abusada durante anos por Manson, com quem teve um relacionamento entre 2006 e 2010.

"O nome do meu abusador é Brian Warner, também conhecido mundialmente como Marilyn Manson. Ele começou a me assediar quando eu ainda era uma adolescente e abusou terrivelmente de mim por anos. Eu sofria lavagem cerebral e fui manipulada à submissão", afirmou a atriz. Brian Warner é o nome real de Marilyn Manson. O casal começou a se relacionar quando Wood tinha apenas 18 anos e o cantor, 37.

Na última segunda-feira (15), veio à tona que o artista mantinha uma caixa de vidro à prova de som que usava para trancar mulheres em seu apartamento. A acusação foi feita pela ex-assistente Ashley Walters em entrevista à revista Rolling Stone. De acordo com Walters, a caixa teria o tamanho de um provador de roupas e era chamada de espaço para as "meninas más".

O local seria usado pelo cantor "como uma forma de punição" para as mulheres. "Mesmo que eu gritasse, ninguém podia me ouvir. Você lutava e ele gostava dessa reação. Eu aprendi a não lutar, porque isso dava a ele o que ele queria. Então, eu acabava indo para algum outro lugar dentro da minha cabeça", disse Ashley Walters sobre sua experiência na caixa.

Mais relatos de abuso sexual

Depois que Wood publicou o seu relato, mais de um dúzia de mulheres se uniram à atriz e compartilharam terem sofrido abusos físicos e psicológicos por parte do cantor. A atriz Esmé Bianco, deu início a um processo contra Marilyn Manson, acusando-o de tortura, prossegui-la com um machado e abusos psicológicos. Em entrevista a The New Yorker, Bianco relatou que se sentia como uma prisioneira. “Ele quase me destruiu e quase destruiu diversas mulheres. Eu me sentia como uma prisioneira. Eu estava sendo completamente controlada por ele e precisava ligar para a minha família escondida no armário”, disse.

No mês seguinte, Ashley Walters também processou o artista, alegando diversos crimes, incluindo agressão sexual, importunação sexual, assédio sexual e estresse emocional aplicado intencionalmente.

No seu Instagram, o cantor negou todas as acusações, chamando as declarações como “distorções horríveis da realidade”. Na postagem de Manson, ele disse que suas relações sempre foram consensuais.

"Obviamente minha arte e minha vida há muito tempo têm sido ímãs de controvérsia, mas essas recentes afirmações sobre mim são distorções horríveis da realidade", escreveu. "Minhas relações íntimas sempre foram inteiramente consensuais com parceiras que pensam da mesma maneira. Independentemente de como - e por quê - outros estão agora escolhendo deturpar o passado, esta é a verdade."


Por que Manson foi preso?

Em julho deste ano, o cantor chegou a ser preso em Los Angeles, mas foi liberado horas depois sob fiança e condicional. Na ocasião, Marilyn Manson era procurado pela polícia há duas semanas e se entregou voluntariamente, o que o ajudou a conseguir a liberdade condicional.

Manson tinha um mandado de prisão sob acusações de ataques violentos a um fotógrafo em 2019. De acordo com a NBC Boston, Manson entrou em um acordo que se entregaria em troca de aguardar o julgamento em liberdade, sob a condição de comparecer a todos os procedimentos judiciais impostos a ele e não cometer nenhum crime.

Processo arquivado

Recentemente um dos processos de agressão sexual contra Marilyn Manson foi negado por um juiz de Los Angeles. A autora do processo, identificada apenas como Jane Doe, alega que foi estuprada e abusada pelo cantor diversas vezes durante seu relacionamento, em 2011, mas que havia reprimido as memórias até o começo de 2021, quando outras mulheres relataram abusos semelhantes.

O juiz arquivou o caso após decidir que Jane Doe fez alegações que “não são suficientes para invocar a regra de descoberta atrasada” para contornar o período de prescrição dos crimes. Outros três processos contra Marilyn Manson ainda correm na justiça norte-americana. 

 

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