O rapper Djonga se pronunciou sobre a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) de determinar a exclusão de uma postagem com a frase 'Fogo nos acistas' no Facebook.
A postagem em questão tinha sido feito por uma enfermeira negra onde ela relata uma agressão racista sofrida pela irmã em uma loja em São Paulo. A mulher usou uma foto que mostrava um cartaz com a frase, que se tornou popular por conta da música "Olho de Tigre", de Djonga.
Repercutindo a decisão judicial, Djonga comentou em seus stories: "No mesmo país em que um presidente fala que uma mulher 'não merece ser estuprada pq é feia', que fala frases como bandido bom é bandido morto... Vc não pode gritar 'FOGO NOS RACISTAS'. É, JÁ SEI QUAL O TIPO DE BANDIDO ELES ATURAM", escreveu.
Apesar da frase ter se tornado popular a partir da música do rapper, Djonga fez questão de frisas nos seus stories que não foi criada por ele.
“Quando eu trouxe essa frase em ‘Olho de Tigre', eu não sabia que ela se tornaria um dos gritos mais importantes da nossa geração. Nunca me apropriei dela como minha, inclusive por sentir que o caráter dela é maior que artístico. Eu e meus irmãos, minhas irmã, fomos perseguidos uma vida inteira, fomos acusados do que não fizemos uma vida inteira, alguns de nós tomaram tiro... por uma vida inteira fomos relatados na mídia em tom de deboche”, explicou.
Nesta quinta-feira (28), Djonga também compartilhou que uma postagem sua, que anunciava a venda de uma camisa com a frase, foi excluída do Instagram. "O Instagram acabou de excluir minha publicação, da venda da camisa "Fogo nos Racistas"... É isso, o resto é interpretação", escreveu o rapper.