Nizan Guanaes: "Recife é a São Francisco brasileira"

Em dois dias por aqui, Nizan Guanaes rodou, olhou no olho, tirou muita foto, ouviu mais ainda, falou tão quanto e concluiu: "Recife é a São Francisco brasileira", sobre a vocação da Capital na questão tecnológica. O publicitário baiano veio a convite do Experience Club para participar de um almoço-palestra para 300 empresários, no Espaço Dom, no Ecomariner, e ainda cumpriu uma série de agenda. "É preciso bater nessa tecla. Falar uma coisa só, em uníssono; fortalecer. Você pode até ser bom em tudo, mas escolha um só para destacar-se", adianta o executivo em uma série de dicas para fazer a diferença.

Nizan é daqueles tipo que a gente quer ser amigo, sabe? É boa praça, gente do bem. Faz questão de ser gente como a gente. Dá atenção, chama pelo nome. Convence. Cria intimidade. E isso vai formando um élan que prende; dá vontade de parar tudo e ouvir o que essa mente brilhante tem a dizer.

E ele deu conta do recado; abriu o olho de muita gente, sobretudo, na questão de estratégia, o core do seu trabalho. "É preciso achar a alma do negócio, mas com curadoria", resume. Para ele, o foco está na diferenciação e não no preço. "É um questão de posicionar-se dentre uma cadeia de coisas coerentes e entrelaçadas em busca da tão sonhada diferenciação", adianta.

Nizan fala para uma plateia ávida para seu conhecimento. Ora, hipnotiza. Ora, cria mantras. "O que você está fazendo diferente do seu concorrente?. Esse simples questionamento parece perpetuar. Entra gostoso nos ouvidos, mas depois agonia. Cria reflexões, sugestões, questionamentos... Depois entra no consciente e o pior/melhor, no sub também.

OCEANO AZUL

E para chegar a esse nível de oceano azul, é preciso criar elementos construtivos, focar no papel social da corporação e na sociedade como um todo, buscar o regionalismo global e, acima de tudo, mesclar o passado com o futuro. "Eu temo quando tem uma sala só com cabelos brancos ou só com novinhos", avisa.

O melhor do mundo, segundo o influencer, é trazer a experiência do DNA do fundador da empresa com a inquietude e a desnecessidade do porvir. "É com esse olhar no futuro que vem a disrupção. O metaverso vai mudar tudo da empresa. Temos que aprender coisas novas", destaca. E não se pode só pensar na empresa e esquecer o capital social mais importante: os seres humanos por trás delas. "Cuidar de si é o maior ativo da empresa. Não podemos deixar de lado o exercício, sono e alimento".

TÍTULO DE CIDADÃO

Nizan Guanaes deve voltar a Recife em breve, provavelmente, ainda este ano. Ele foi agraciado com um título de cidadão, mas ainda não teve a data marcada.