MEMÓRIA

JÔ SOARES: relembre os personagens marcantes do humorista

Ele foi uma grande referência do humor no Brasil e teve momentos marcantes na televisão brasileira

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Rayane Domingos

Publicado em 05/08/2022 às 9:58 | Atualizado em 02/06/2023 às 7:36
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Jô Soares faleceu na madrugada desta sexta-feira (5), aos 84 anos. A informação foi confirmada pela ex-mulher, Flavia Pedras, nas redes sociais.

"Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados", informou.

A causa da morte ainda não divulgada, e o velório será restrito a familiares e amigos. Ele estava vivendo uma vida mais reclusa desde a saída da Globo.

Jô Soares encantou a televisão brasileira; relembre os personagens

iniciou na televisão em 1956 na Praça da Alegria, que era apresentado por Carlos Alberto de Nóbrega. Ele ficou por 10 anos na emissora, e também atuou na novela "Ceará contra 007" (1965).

Família Trapo

Também fez parte do elenco da série 'Família Trapo', na Record. O programa fez muito sucesso na televisão. Jô interpretava o mordomo Gordon.

Reprodução/ Record TV

Jô Soares em "Família Trapo" - Reprodução/ Record TV

Faça Humor, Não Faça Guerra

Em 1971 estreou na Globo no programa sátiro Faça Humor, Não Faça Guerra. Ele apresentava esquetes junto com outros grandes humoristas, como Renato Corte Leal, Berta Loran e Paulo Silvino.

Reprodução/Rede Globo

Jô Soares em "Faça Amor, Não Faça Guerra" - Reprodução/Rede Globo

Planeta dos Homens

Em 1976 participou da série Planeta dos Homens, fazendo alusão ao filme "Planeta dos Macacos" (1968). Ele ficou mais conhecido por apresentar uma espécie de telejornal junto com Paulo Silvino.

Reprodução/ Rede Globo

Jô Soares no "Planeta dos Homens" - Reprodução/ Rede Globo

Capitão Gay e Suely

Em 1981 estreou seu primeiro programa solo, o Viva o Gordo. A atração foi um dos maiores sucessos da Globo, que revezava entre quadro fixos e esquetes.

Jô ficou conhecido por fazer personagens críticos e com forte teor político. O programa se passava na época da Ditadura Militar, e costumava satirizar as características dos militares.

Um dos personagens mais conhecidos foi o Capitão Gay, que tinha como assistente Carlos Suely, interpretado por Eliezer Motta.

Ciça, "Vamos Malhar!"

Ele também protagonizou várias esquetes com Claudia Raia e Eliezer Motta. Ele se caracterizava como Ciça, uma aluna da aula de ginástica. "Vamos Malhar!", era o bordão.

Reizinho

Outro bastante marcante foi o Reizinho, que costumava reclamar dos problemas enfrentados no reino. Era uma evidente crítica política aos que tinham demais.

Zé da Galera

O personagem era ficcionado pela Seleção Brasileira de futebol. Ele ligava para o técnico da época, Telê Santana, para tentar dar palpites sobre como ele deveria organizar o time. "Bota ponta, Telê", foi um dos bordões famosos.

Vovó Naná

Vestido de uma senhora, a Rosa Bernardino era conhecida por ser um pouco surda e carregar sempre um guarda-chuva com uma boca borrada de batom. Ela trabalhou ao lado do ator Francisco Milani.

Gandola

"Mas quem me mandou aqui foi o Gandola", era esse bordão do personagem. E mais um humor político feito por Jô Soares, que retratava um homem que chegava nos lugares a procura de emprego.

"É, aqui mesmo, só chamando o Gandola, senão não se resolve nada e tal.” E aí, depois de um ano e meio, eles sacaram que “gandola” é o nome de uma túnica militar. Aí, proibiram o quadro", contou em entrevista.

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