Após muita pressão nas redes sociais, Luísa Sonza se pronunciou sobre o processo de racismo que uma advogada move contra ela.
O que chamou a atenção do internautas foi que ela evitou falar a palavra 'racismo' e também um pedido de desculpas publicamente à vítima.
A publicação foi feita no perfil do Twitter e desagradou parte dos seguidores. Já os fãs, amenizaram a acusação.
LUÍSA SONZA FALA SOBRE CASO DE RACISMO
Através do perfil no Twitter, ela iniciou a nota dizendo que não se pronunciou sobre o assunto porque "precisava desse tempo para refletir".
"Conversar com as pessoas e entender melhor algumas questões que achei que dominava, mas me dei conta que não", disse. Ela agradeceu as cobranças feitas e que tudo foi muito importante para servir de aprendizado.
"Aprendi a ver, mais a fundo, a história por outra perspectiva e perceber a dor do outro. Me coloquei no lugar e entendi que precisa ser sempre assim".
Luisa diz que mesmo ela sendo aliada a pautas sociais, também comete erros e que precisa estudar para ter mais empatia com o outro.
"Estou lidando com essa situação como uma oportunidade para tentar ser melhor, como sempre tentei fazer todas as vezes que alguma coisa aconteceu comigo, publicamente ou não".
A cantora diz que quer ter uma audiência amigável para resolver o processo, e que vai acatar "o valor pedido pela autora".
Ela conclui dizendo que o caso se tornou público em 2020, e que não está sendo processada criminalmente. "É um processo de danos morais - não estou respondendo por processo criminal, como foi divulgado, e não há nenhum outro em andamento".
RELEMBRE O CASO DE RACISMO ENVOLVENDO LUÍSA SONZA
O caso aconteceu em 2018, em uma pousada, em Fernando de Noronha. Isabel Macedo contou ao Portal Notícia Preta que estava comemorando o aniversário quando ficou próxima a Luísa e recebeu uma ordem dela.
"Foi então que ela virou, bateu no meu ombro e disse 'Pega um copo d’água pra mim?’. Eu respondi que não tinha entendido, ela repetiu a frase e completou ‘Você não trabalha aqui?", disse.
A vítima conta que ao responder que não trabalhava no local, Luísa tentou se desculpar dizendo que "não era isso que você tava pensando".
Isabel conta que ficou muito triste com a situação, já que pessoas brancas enxergam os negros apenas como serviçais. Após o momento trágico, ela decidiu ir embora do local.
Ao fazer o Boletim de Ocorrência também sofreu discriminação por parte da inspetora do local. Ao contrário do que a defesa alega, a advogada diz que não quer aparecer as custas do processo e por isso evita mostrar o rosto.
"Minha intenção com essa ação é que ela aprenda. Não quero e nem vou me expor na mídia, pois sei que o sistema racista, muitas vezes, coloca a vítima no lugar de culpada e oportunista, e isso também é uma atitude racista. Racismo não é vitimismo, é crime".
Com o processo vindo a público, Isabel diz que espera que o caso se torne exemplo para encorajar outras pessoas negras também denunciem os agressores.
"Já que isso tudo veio à tona e ganhou mídia, espero que sirva de incentivo para encorajar todas e todos aqueles que forem vítimas de racismo, a denunciar. Não podemos ficar calados, porque a dor que nós sentimos não passa nunca".