Janja é muito presente na vida política de Lula (PT). O Presidente Eleito costuma ter a presença da mulher nos palanques desde o início da campanha eleitoral.
Os apoiadores se afeiçoaram a socióloga, que costuma aparecer sorridente em conversa nas ruas. Mas, segundo Eliane Cantanhêde do GloboNews, existe um incômodo por trás disso.
Nessa sexta-feira (11) durante o "Em Pauta", a jornalista detonou a presença de Janja nas reuniões de Lula.
Nas redes sociais, os internautas ficaram revoltados com a jornalista, que foi acusada de ter sido machista.
Gleisi Hoffman, presidente do PT, criticou a fala de Eliane e disse que todas as mulheres devem ter participação política.
"Me apavora o machismo incrustado na cabeça de mulheres ditas esclarecidas, onde estereótipo dos papéis delegados a nós é o importante. Desprezível fala de Eliane Cantanhede s/ Janja. Ter opinião e participação politica é direito de TODAS nós mulheres! Sem essa de primeira dama".
ELIANE CANTANHÊDE FALA SOBRE JANJA
A jornalista iniciou afirmando que existem pessoas incomodadas com o espaço que Janja está tendo em reuniões e encontros de Lula.
"Ontem, por exemplo, quando o Lula fez aquele discurso em que ele chorou quando falou da fome, quando ele derrapou ao desqualificar a responsabilidade fiscal, ela estava ali sentada".
Ela apontou que Janja não deveria estar ali porque não era uma pessoa importante para a política, nem mesmo para os partidos.
Citando exemplos de Primeiras-Damas modelo, Eliane disse que as conversas sobre política entre o casal devem se limitar apenas ao quarto.
"Depois, você vai na redemocratização, quem se esqueceu da Rosane Collor jogando a aliança fora, fazendo confusão, todo dia tinha briga. Ou seja, isso não é bom".
Eliane diz ainda que Janja deveria ter o seu papel limitado apenas sendo a mulher de Lula e que teme ela começar a dar opiniões sobre os Ministérios quando ele assumir em 2023.
"Ou seja, já incomoda sim, porque ela já começou a participar de reunião, já vai dar palpite, e daqui a pouco ela vai dizer ‘ah, esse pode ser ministro, esse aqui não pode’. Isso dá confusão. Se é assim na transição, imagina quando virar presidente".