Em meados do mês de janeiro, um escândalo na rede de lojas Americanas explodiu no mundo financeiro. Acontece que um rombo de R$ 40 bilhões foi descoberto na empresa, o que aponta para um possível pedido de recuperação judicial da marca.
QUEDA NAS AÇÕES AMERICANAS
O imbróglio foi suficiente para jogar ainda mais lenha na fogueira no mercado brasileiro: nesta segunda-feira (16), as ações da Americanas cederam mais 38,41%, cotadas a R$ 1,94.
BRIGA COM ACIONISTAS E BANCO BTG
A Americanas entrou com uma “medida de tutela de urgência cautelar”, que suspende a possibilidade de um bloqueio, sequestro ou penhora de bens da empresa, fazendo com que ela também adie a obrigação de pagamento de dívidas até um pedido de recuperação judicial.
Após isso, o banco BTG Pactual, um dos mais afetados pelo rombo da Americanas, disse que a ação se tratava do “fraudador pedindo às barras da Justiça proteção ‘contra’ a sua própria fraude” e pediu recorreu à justiça sobre a decisão, que foi negada.
BTG TEM PRIMERIA VITÓRIA
Nesta quarta-feira (18), o BTG Pactual (BPAC11) conseguiu na Justiça o direito de bloquear R$ 1,2 bilhão da Americanas (AMER3) sob custódia do banco, decidiu o desembargador Flávio Marcelo Fernandes, da segunda instância do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A decisão é liminar, uma vez que o pedido do banco ainda será apreciado pelo tribunal.
Segundo a decisão obtida pelo site de economia 'InfoMoney', o magistrado apontou que a proteção obtida pela Americanas contra credores antes de uma possível recuperação judicial não pode garantir que a empresa tenha livre acesso ao recurso, em especial em um contexto em que há risco de calote.