Após o anuncio do rombo de 40 bilhões da lojas Americanas, a história vem ganhando novos capítulos e afetando empresas e negócios. Os acionistas e bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Sicupira, sócios do 3G Capital- estariam dispostos a atuar na capitalização da empresa. Mas, a princípio, não fariam isso sozinhos.
Contudo, outros desdobramentos se tornaram necessários na parte interna empresarial.
NOVOS DESDOBRAMENTOS E BRIGA COM BTG
A Americanas entrou com uma “medida de tutela de urgência cautelar”, que suspende a possibilidade de um bloqueio, sequestro ou penhora de bens da empresa, fazendo com que ela também adie a obrigação de pagamento de dívidas até um pedido de recuperação judicial.
Após isso, o banco BTG Pactual, um dos mais afetados pelo rombo da Americanas, disse que a ação se tratava do “fraudador pedindo às barras da Justiça proteção ‘contra’ a sua própria fraude” e pediu recorreu à justiça sobre a decisão, que foi negada.
BTG TEM PRIMERIA VITÓRIA
Nesta quarta-feira (18), o BTG Pactual (BPAC11) conseguiu na Justiça o direito de bloquear R$ 1,2 bilhão da Americanas (AMER3) sob custódia do banco, decidiu o desembargador Flávio Marcelo Fernandes, da segunda instância do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A decisão é liminar, uma vez que o pedido do banco ainda será apreciado pelo tribunal.
Segundo a decisão obtida pelo site de economia 'InfoMoney', o magistrado apontou que a proteção obtida pela Americanas contra credores antes de uma possível recuperação judicial não pode garantir que a empresa tenha livre acesso ao recurso, em especial em um contexto em que há risco de calote.
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AMERICANAS PEDE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Nesta quinta-feira (19), a Americanas pediu recuperação judicial, após revelar que havia recursos reduzidos em caixa e admitir a possibilidade de iniciação do processo.
O QUE É RECUPERAÇÃO JUDICIAL?
A recuperação judicial é um instrumento jurídico e governamental que tem como objetivo dar um "respiro" para uma empresa se recuperar de uma situação financeira difícil e evitar a sua falência.
Por meio de nota, as Americanas informaram que seguirão "operando normalmente dentro das novas regras da recuperação judicial, cujo um dos objetivos principais é a própria manutenção de empregos, pagamento de impostos e a boa relação com seus fornecedores e credores e investidores de forma geral".