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Pesquisadores utilizam inteligência artificial para tentar 'conversar com baleias'

Um projeto CETI (sigla em inglês para Iniciativa de Tradução de Cetáceos) tem trabalhado para decifrar a linguagem das baleias cachalotes

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Cadastrado por

Bruna Oliveira

Publicado em 28/10/2021 às 13:11
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Um projeto CETI (sigla em inglês para Iniciativa de Tradução de Cetáceos) tem trabalhado para decifrar a linguagem das baleias cachalotes. Com isso, uma equipe de especialistas em linguística, robótica, machine learning, engenharia de câmeras e outros pesquisadores têm construído dispositivos especializados para a gravação de áudios e vídeos. 

A iniciativa foi pensada em 2017, quando Shafi Goldwasser, cientista da computação e especialista em criptografia de Israel, foi ao escritório de um biólogo marinho Universidade da Cidade de Nova Iorque David Gruber. Na ocasião, Goldwasser ouviu uma série de cliques que a fizeram lembrar do ruído que um circuito eletrônico com defeito faz - ou um Código Morse. Gruber, por sua vez, teria dito que é o som que os cachalotes fazem entre si. A partir disso, os dois tiveram a ideia de criar um projeto para traduzir o som das baleias.

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Depois que partiram para a prática, os investigadores já passaram um ano desenvolvendo uma grande variedade de sensores subaquáticos sofisticados e alta resolução, que irão registrar o som dos animais 24h. 

Em entrevista ao Gizmodo US, Michael Bronstein, pesquisador israelense que faz parte do projeto CETI, afirmou que os “cliques” das cachalotes são candidatos ideais para terem seus significados decodificados. Isso porque, ao contrário dos sons contínuos que outras espécies de baleias produzem, eles são fáceis de traduzir em linguagem binária.

Com o projeto, os pesquisadores esperam tentar se comunicar com as baleias, para ver se elas respondem de forma previsível. Além disso, Bronstein espera que, a partir do entendimento de como esses animais se comunicam, as pessoas possam mudar a maneira de tratar o meio ambiente.


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